19/05/2008

A Mensagem da Cruz

Rude Cruz...

Em tempos de aridez musical e de mediocres inspirações vale a pena escutar antigos clássicos, que inpiraram e inspiram a alma.

Valorizei mais o retorno a alguns clássicos do hinário evangélico após assistir um dvd com um "show" ao vivo de uma turma chamada Toque no Altar e restituição, já tinha ouvido falar, mas nunca visto e ouvido a tal da "teologia da restituição" http://www.metodistalivre.org.br/Artigos/artigos.info.asp?tp=51&sg=0&form_search=&pg=1&id=1719 (já postei um artigo sobre o assunto) é história da carochinha, queria saber da onde tiram tanta bobagem, sinceramente - vão se converter!, pois andam se enganando e enganando neófitos e cascudos na fé com unções extravagantes e restituições, até acho que essa turma tem algo a ver com o Imposto de Renda pois adoram uma restituição.

Mas falando sério cliquem no link abaixo e ouçam esse belo arranjo feito pelo grupo De Las Alturas dos Andes, com um maravilhoso violão fazendo a introdução.

Rude cruz se erigiu,
Dela o dia fugiu,
Como emblema de vergonha e dor;
Mas contemplo esta cruz,
Porque nela Jesus Deu a vida por mim pecador.

Sim eu amo a mensagem da cruz
Té morrer eu a vou proclamar
Levarei eu também minha cruz
Té por uma coroa trocar

Desde a glória dos céus,
O cordeiro de Deus,
Ao calvário humilhante baixou;
Essa cruz tem prá mim Atrativos sem fim,
Porque nela Jesus me salvou

Nesta cruz padeceu
E por mim já morreu,
Meu Jesus para dar-me O perdão;
E eu me alegro na cruz,
Dela vem graça e luz
Pra minha santificação

E eu aqui com Jesus,
A vergonha da cruz
Quero sempre levar e sofrer;
Cristo vem me buscar,
e com Ele , no lar,
Uma parte da glória hei de ter

http://www.4shared.com/dir/2201237/c83befca/sharing.html

02/05/2008

Parei de ouvir música cristã

Mark Carpenter

Há dois anos escrevi neste espaço que lamento o estado da música cristã.

Percebi agora que simplesmente parei de ouvi-la. Acabo deverificar o que tenho armazenado no WMP. Não há nada de "música cristã", a não ser as gravações de cinco artistas que mal cabem no gênero: John Coltrane, Sufjan Stevens, U2, Leigh Nash e a extinta Sixpence None the Richer. Parei de comprar CD's do gênero após acumular uma longa lista de decepções.


Cabe aqui uma definição. Por "música cristã", me refiro à categoria criada pelas gravadoras que produzem música popular para consumo pelo público "gospel". "Música cristã" não é bem um gênero musical, pois o que existe é um mix retalhado de músicas que emprestam de gêneros legítimos.
Não incluo na minha definição a música usada na igreja para o louvor coletivo. Música de canto congregacional independe de padrões musicais usados na avaliação de desempenho performático e na análise crítica da letra como poesia.


O gênero conhecido como worship music tem como foco direcionar a atenção para as virtudes e as promessas de Deus, de forma que a qualidade de música em si passa a ser menos importante que seu aspecto pragmático no culto de adoração. Neste gênero específico, os critérios de avaliação resumem-se à (1) ortodoxia teológica da letra,(2) capacidade de envolver a participação da congregação e (3)qualidade técnica da execução pelo ministro de louvor, pelos instrumentistas e pelo backing vocal. Ou seja, worship music tem muito mais a ver com worship do que com music. Não minimizo a importância deste gênero, pois a própria Bíblia valoriza o louvor coletivo.
Meu lamento, então, reflete apenas a paupérie artística de muita música produzida para consumo cristão fora da igreja. É como se a indústria cristã tivesse determinado que o que vale é o conteúdo da letra: desde que ela contenha certos chavões, frases ou narrativas evangelísticas — além de um estilo bacana apreciado pelo mercado alvo—, é desnecessária a busca da verdadeira expressão artística. Basta o"suficiente". Acaba tendo mais em comum com propaganda que com arte. Para fazer um jingle, não precisa chamar Caetano. Qualquer Emmerson Nogueira serve.



Percebo que há muita gente talentosa nas bandas das igrejas, pessoas realmente apaixonadas pela música e dispostas a sacrificarem para melhorar. Mas muitos são vencidos pela baixa expectativa da maioria, pelo padrão acomodativo e pelo ambiente em que o verdadeiramente excelente é visto com desconfiança. O desafio para aqueles músicos que realmente desejam a arte é aprenderem a fazer benchmarking pessoal comos melhores, e colocarem o seu talento a serviço do reino de Deus, e não apenas a serviço das gravadoras evangélicas.


Isto não significa que já não existam cristãos fazendo boa música. Mas, por ironia, usualmente os músicos que levam a sério tanto seu cristianismo quanto a qualidade musical são aqueles que rejeitam o rótulo "música cristã" para assim distanciarem-se da média medíocre. São esses que revitalizam na música o espírito criativo, que reflete abeleza e a verdade de Deus.


Parei de ouvir música cristã e comecei a buscar mais a boa música,inclusive aquela composta e executada por cristãos.


• Mark Carpenter é diretor-presidente da Editora Mundo Cristão e mestre em letras modernas pela USP."

Marcos Elias (Praia Grande - SP)


Fonte Blog Teologia e Arte
PS
O universo musical cristã foi achovalhado, a estética foi mudada, tenho comentado isso a algum tempo, trocamos expressões espontâneas por chavões que se repetem sem fim e o conteúdo foi trocado, o centro não é mais Deus e sua soberania e sim as necessidades do homem.
Fica o texto para nossa reflexão, pois nem tudo que leva o nome de Deus é de Deus e nem tudo que se canta nas congregações tem a ver com louvor.
Claudio