30/01/2010

O álcool emburrece



Por Carla Rojas Braga *



Os adolescentes andam bebendo demais.

A maioria dos jovens, meninos, e, cada vez mais, as meninas, ficam bêbados em quase todas as festas de finais de semana. E a chance de colocarem suas vidas em risco, nestas ocasiões, é enorme. Pessoas extremamente inteligentes, antes da festa, podem, após alguns copos, tornarem-se completos idiotas e fazerem as maiores barbaridades.

O consumo de álcool entre os adolescentes tem crescido assustadoramente e começa cada vez mais cedo. Atualmente, no Brasil, aos redor dos 12 anos.

Diversas pesquisas sobre o assunto, das melhores universidades americanas e brasileiras, revelam que o álcool pode causar danos ao hipocampo e que o completo desenvolvimento do cérebro e, mais especificamente, do lóbulo frontal só ocorre ao final da adolescência (que pode ser até os 24 anos), e concluíram que os danos causados às células neuronais que estão sendo mortas ou lesadas a cada bebedeira vão trazer consequências graves no futuro.

Sim, o álcool pode lesar o cérebro.

Segundo as pesquisas da Universidade da Califórnia, adolescentes que haviam se embebedado pelo menos cem vezes (contando os finais de semana de festas, vemos que isso não é difícil de acontecer), dos 14 aos 16 anos, apresentaram pior desempenho em testes de memória e, ainda, um hipocampo menor do que os que não bebiam.

Isto quer dizer que o álcool pode, também, diminuir o tamanho do cérebro.

Três milhões de adolescentes contraem doenças sexualmente transmissíveis a cada ano no mundo. Nos EUA, duas pessoas jovens contraem aids a cada hora. Aqui, os consultórios ficam repletos de meninas violentadas ou arrependidas de terem praticado sexo com estranhos, ou no mínimo, infectadas com o vírus HPV ou várias DSTs, após algumas festas, como no Carnaval, ou no Planeta Atlântida. E por quê? Corpo de bêbado não tem dono...

Outra alarmante conclusão dos últimos estudos sobre o assunto também revelou que quase a metade dos adultos que começaram a beber antes dos 14 anos torna-se alcoolista. Entre os que iniciaram beber depois dos 21 anos, o percentual de dependência cai para apenas 9%. A formação completa do cérebro só acontece ao redor dos 21 anos.

Podemos pensar, então, que quem toma porres com menos de 21 anos estará lesando um cérebro em desenvolvimento, e, portanto, tenderá a ter um cérebro subdesenvolvido quando adulto.

Além disso, o álcool é a porta de entrada para as outras drogas: maconha, ecstasy, cocaína e o famoso crack. É fácil, estando alcoolizado, ser convencido por um pseudoamigo a experimentar qualquer uma destas drogas. Aí, é lesão cerebral na certa.

Algumas doenças mentais, como o transtorno bipolar, por exemplo, quando existe um histórico familiar e uma predisposição genética, podem vir a desenvolver-se com o abuso do álcool e das drogas.

Fico impressionada quando vejo alguns meninos e meninas completamente alcoolizados, voltando para casa de manhã, quando eu estou acordando. Onde estão os pais para ver isso? Ou será que, pior ainda, veem e acham que não há nenhum problema nisso? Ou será que têm receio de dizer alguns “nãos”?

Os pais têm o dever e o direito de impedir que seus filhos comecem a beber muito cedo e demais. Os jovens precisam, principalmente, de limites e orientação. Dar limite é cuidar. Dar limite é dar amor.

Proíba seu filho de beber antes da idade certa. Não ofereça bebida alcoólica para seu filho, não beba com ele, não patrocine as festas de aquecimento, nem nenhuma festa jovem regada a álcool em sua casa se seu filho ou filha é menor de 18 anos, ou você poderá ser um pai ou mãe filicida.

Ajude seu filho ou filha a ter coragem de chegar em uma festa e recusar a bebida e enfrentar a pressão. Ensine a ele ou a ela que isso não será “pagar um mico”, mas um ato de muita bravura e personalidade. Menino macho mesmo pode ser aquele que tem coragem de não beber com a turma. Menina de cara limpa é mais valorizada do que cheirando a vômito.

Temos que impedir que essa geração de jovens maravilhosos, inteligentes, se torne uma geração de adultos dependentes, sequelados, desmemoriados, lesionados ou drogados pelo álcool.

O futuro do mundo e das próximas gerações depende deles.

26/01/2010

Esvaziar o bolso dos crentes é fácil



O cara se apresenta como ex-pastor da Universal e mostra como sensibilizar as pessoas na hora das ofertas.

Fonte PAVABLOG

O Pava recomenda a leitura dos comentários no You Tube, e eu também.

18/01/2010

Deus e o Diabo no Haiti





Por Luis Fernando VERISSIMO




·         O evangélico Pat Robertson, um dos lideres da direita religiosa americana, tem uma explicação para as desgraças do Haiti que culminaram com esse terremoto demolidor. Um dos países mais miseráveis do mundo, com uma história ininterrupta de privações, violência e instabilidade política, o Haiti estaria pagando por um pacto que fez com o Diabo em 1804, quando pediu sua ajuda para expulsar os colonizadores franceses e tornar-se uma república. Desde então, os haitianos viveriam sob uma maldição. O terremoto, segundo Pat Robertson, é apenas o castigo mais recente. Mas o religioso pediu a seus fiéis que rezassem pelos haitianos. E, presumivelmente, pedissem a Deus que esquecesse velhos ressentimentos e lhes desse uma folga.

Se o Diabo ajudou mesmo os haitianos contra os franceses, foi por uma causa nobre. O Haiti foi o primeiro país do mundo a abolir a escravidão, dando um exemplo que custou a ser seguido pelos outros. A república, também inédita, fundada depois da expulsão dos franceses, era de ex-escravos, e acolhia escravos fugidos ou alforriados de outros países. E se Deus os castigou por esta audácia, não foi o único. A França exigiu e recebeu reparação pela colônia perdida, o que aleijou a economia da nova república por muito tempo. A vizinhança com os Estados Unidos também não ajudou, Os americanos chegaram a ocupar o Haiti durante vinte anos, sem muito proveito para o país. Grandes negócios foram feitos na época dos ditadores Papa Doc e Baby Doc Duvalier, também sem muito proveito para o país. Nos últimos tempos, apoiando e desapoiando líderes mais ou menos populares, os americanos têm tentado manter no Haiti uma democracia representativa, mas não representativa demais, a ponto de armar politicamente uma massa de desesperançados, com o risco de eles também convocarem o Diabo. Agora não se sabe o que vai surgir dos escombros da tragédia.

·         OUTRO
O Deus vingativo de Pat Robertson certamente não era o Deus de Zilda Arns, que morreu no Haiti trabalhando pela causa da sua vida, a ajuda aos pobres e, principalmente, às crianças. O seu era um Deus solidário. Infelizmente, pouca gente no mundo está disposta a fazer um pacto como o que Zilda Arns fez com este outro Deus. Ela sobreviverá como um exemplo e uma inspiração.

17/01/2010

Épica - Lamúria Pela Lua

Épica - Chore Pela Lua


Siga seu senso comum
Você não pode se esconder
Atrás de um conto de fadas
Para sempre e sempre
Apenas revelando toda a verdade nós podemos descobrir
A alma desse reduto para sempre
Para sempre

Mentes doutrinadas com muita freqüência
Contém pensamentos doentios
E cometem a maioria dos pecados que eles pregam
contra

Não tente me convencer
Com mensagens de Deus
Vocês nos acusam de pecados
Cometidos por vocês mesmos
É fácil condenar sem olhar no espelho
Atrás das cenas abre a realidade.

Silêncio eterno implora por justiça
O perdão não está à venda
E nem a vontade de esquecer

Siga seu senso comum
Você não pode se esconder
Atrás de um conto de fadas
Para sempre e sempre
Apenas revelando toda a verdade nós podemos descobrir
A alma desse reduto para sempre
Para sempre

A virgindade foi roubada há muito tempo atrás
E o extintor perdeu sua imunidade
Abuso mórbido de poder no Jardim do Éden
Onde a maçã possui um rosto jovem

Silêncio eterno implora por justiça
O perdão não está à venda
E nem a vontade de esquecer

Siga seu senso comum
Você não pode se esconder
Atrás de um conto de fadas
Para sempre e sempre
Apenas revelando toda a verdade nós podemos descobrir
A alma desse reduto para sempre
Para sempre


Silêncio eterno implora por justiça
O perdão não está à venda
E nem a vontade de esquecer


Você não pode continuar se escondendo
Atrás de contos de fadas ultrapassados
E continuar lavando suas mãos na inocência








Dica: Lia

13/01/2010

Oremos pelo Haiti

Anuncie em seu blog! O Haití é um dos países mais pobres do mundo. Um país com a necessidade de um evangelismo não de palavras, mas com sinais e maravilhas.

A religião predominante é a VODU: Culto dos negros antilhanos, de origem animista, e que se vale de certos elementos do ritual católico.

O Sul da Flórida possue uma população de milhares de haitianos que estão desesperados por seus parentes, e no momento não há contato, pois, a comunicação é praticamente nula. Não há notícias no momento e o desespero toma conta dos familiares na Flórida.



Conheço haitianos na flórida e são os que usam a camisa da seleção brasileira no período da Copa do Mundo, muitos estão aprendendo português, incentivados pelos brasileiros que servem às Nações Unidas em solo haitiano, e alguns destes brasileiros morreram e outros estão feridos neste acidente, bem como, existem vários desaparecidos.

Oremos para que esta destruição, seja um grande motivo de reflexão a este povo sofrido e que o caminho para o evangelismo seja uma PORTA ABERTAdesde já,  para todos os que sentem no coração este desejo.

É a hora dos PASTORES(0PS!) APÓSTOLOS com os seus JATINHOS APOSTÓLICOS, irem bem À JATO, ao socorro de muitos que necessitam de apoio, inclusive os brasileiros que estão feridos e alguns desaparecidos.

QUEM SE PRONTIFICA a estar no Haití?

QUEM? QUEM? QUEM?

Convide a sua igreja à "Horar nesta Ora". O erro é proposital, apesar de me chamarem por diversas vezes de analfabeto em alguns comentários, inclusive em outros blogs. O Senhor os perdoe, pela falta de misericórdia!

O Senhor ajude o povo do Haití,

O menor dos menores.


Fonte. Blog Newton Carpinteiro


Obs.
Não vai faltar quem associe a religião dos haitianos com a catástofre sofrida numa relação de causa e efeito, o mínimo que podemos fazer é como o bom samaritano fez.

12/01/2010

O Evangelho nas Escrituras e as Escrituras no Evangelho

Jesus, a Chave que abre as Escrituras 


Por Caio Fábio


"Cristo é o Mestre, as Escrituras são apenas o servo. A verdadeira prova a submeter todos os Livros é ver se eles operam a vontade de Cristo ou não. Nenhum Livro que não prega Cristo pode ser apostólico, muito embora sejam Pedro ou Paulo seu autor. E nenhum Livro que prega a Cristo pode deixar de ser apostólico, sejam seus autores Judas, Ananias, Pilatos ou Herodes"
Martinho Lutero 

Os evangelhos são narrativas históricas das ações e acontecimentos relacionados a Jesus, bem como de Suas Palavras. O Evangelho, todavia, é um espírito. Os evangelhos são o corpo. O Evangelho é o espírito no corpo.

Para muitos, os evangelhos são apenas narrativas. Para outros, eles são palavras inspiradas. Para muito mais gente ainda, eles são apenas palavras mágicas. E para a maioria, eles são somente os quatro primeiros livros do Novo Testamento, sendo, portanto, parte da Bíblia Sagrada.

Todavia, o Evangelho é espírito e vida. Deus é espírito, e, portanto, Suas palavras são espírito e vida, pois carregam o poder da Verdade Absoluta e produz vida onde quer que cheguem.

Para melhor entender, suponha que os evangelhos não tivessem sido escritos. Decerto, sabemos que ainda assim, haveria um Evangelho a ser anunciado até os confins da Terra como Boa Notícia, visto ser o Evangelho um espírito, e não um livro.

Assim, o espírito do Evangelho é só uma forma de expressar-se acerca da Essência da Palavra. É a Plenitude da Revelação. Trata-se da forma de interpretação bíblica que olha para Jesus Cristo como a Chave Hermenêutica dessa Revelação.

De modo algum se está dizendo aqui que só Jesus interessa na Bíblia, mas, por outro lado, nada interessa senão a partir Dele e nada é Palavra de Deus se não for compatível com Ele, por mais 'bíblico' e 'teológico' que seja!

Leio a Bíblia a partir de Jesus e não Jesus a partir da Bíblia. Assim, meus livros não são considerados "teológicos" pelos teólogos, posto que nesses escritos raramente haja uma designação hermenêutica teologicamente aceitável; e nem tampouco há neles sistematizações que busquem o fechamento lógico de qualquer pacote de pensamento.

Isso porque creio que Jesus – que é Deus Manifesto entre nós - abre as Escrituras para nós. Cristo é a síntese das Escrituras e o Espírito da Graça é o agente hermenêutico que me aproxima do texto com a fé de que encontrarei a Palavra.

É a partir daí, então, que se interpreta a Antiga Aliança, os Profetas e todo o Novo Testamento. Isso porque Ele é a Palavra! A Encarnação Absoluta Dela, o Verbo Vivo de Deus, cheio de Graça e Verdade! E as próprias palavras de Jesus só podem ser entendidas se tiverem sua concreção no Evangelho vivido por Jesus de Nazaré.

Veja o livro de Atos dos Apóstolos: é um livro de atos, de ações. Mas sabemos que os únicos atos absolutos e irretocáveis feitos na Terra são os Atos de Jesus. Portanto, há Evangelho em Atos, mas o Atos não é o Evangelho. Digo isto porque se os critérios de Jesus forem aplicados aos atos dos apóstolos, os próprios apóstolos serão sempre relativizados.

Quando lemos o Atos, não se lê o Evangelho da Graça — esse só está plenificado em Jesus —, mas a tentativa humana de começar a viver conforme a fé em Jesus. E, em tal processo, há acertos, erros, equívocos, ação do Espírito, infantilidades, ambigüidades, milagres, diferenças, medos, ousadias, coragem maravilhosas, dúvidas atrozes, e todas as demais coisas concernentes aos homens que vivem no Caminho. Assim, o livro dos Atos Apostólicos é um livro de história, e não quer ser visto como o Evangelho.

A tentativa infantil de dizer que a igreja é o Corpo de Cristo - e logo, Cristo estava agindo como antes agira, só que agora em Seu Corpo Comunitário - é bela, mas não é verdadeira como valor absoluto. O Pedro que recebeu a revelação é o mesmo que recebeu a repreensão: Arreda, Satanás (Mt 16).

Em Jesus está toda a revelação e toda a referência para se julgar e entender o que quer que pretenda ser canônico. Onde o 'espírito do Evangelho' está presente, aí há o que levar para a alma e para a vida. No mais, vejo registros históricos da infância da fé e da consciência permeando toda a Escritura.

O exercício não é difícil: Basta olhar para Jesus, fazendo um caminho de observação. Deve-se perguntar: Qual o significado das falas e dos ensinos de Jesus para o próprio Jesus? E a resposta é uma só: Veja como Ele tratou a vida, a religião, os políticos, os pobres, os ricos, os doentes, os párias, os segregados, os esquecidos, os seres proibidos, os publicanos, as meretrizes, os santarrões, e tudo e todos. Conferindo uma coisa com a outra, ficamos livres da construção de dois seres irreconciliáveis: o Jesus que viveu cheio de amor e graça e o Jesus que ensinou coisas que só os intérpretes autorizados conseguem "captar".

Desse modo, então, não se faz jamais uma interpretação textual que não coincida com o comportamento e com a atitude de Jesus na dinâmica de seus movimentos e encontros narrados.

Assim, eu confiro tudo com o espírito de Jesus, conforme o Evangelho. Só assim Jesus não fica esquizofrênico ante os nossos sentidos: o que Ele disse, Ele viveu; e o que Ele viveu, é o que Ele disse.

"Nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade, e Nele estão TODOS os tesouros da sabedoria e do conhecimento."

"Ele é o resplendor da glória do Pai e a expressão EXATA do Seu Ser, sustentando todas as coisas pela Palavra de Seu poder!"

Olhe para Ele, e tudo fica interpretado! O resto, irmãos, é invenção de quem não quer lidar com gente e prefere lidar com letras.


E a leitura do Antigo Testamento? 
"Eis aí vêm dias... em que firmarei Nova Aliança...: Na mente (não mais em tábuas), lhes imprimirei as minhas leis, também no coração lhas inscreverei; eu serei o seu Deus, eles serão o meu povo (...) Pois perdoarei as suas iniqüidades e dos seus pecados jamais me lembrarei."
Grito do Profeta Jeremias – 31. 31-34
 

Após tais exercícios devocionais sob o Novo Testamento, muitos me endereçam questões de perplexidade e confusão relacionadas aos conteúdos do Velho Testamento.

Mas estou certo de que esse conflito nem Paulo e nem o escritor de Hebreus tinham, por exemplo. Digo isto porque Paulo recorre ao Antigo Testamento, aos salmos, e aos profetas, a fim de mostrar que aquela "Fase Humana" havia ficado sepultada em Jesus; e que, conforme as mesmas Escrituras, em Cristo começaria uma nova consciência, não como mandamentos de exterioridades, mas como percepção fundada no amor, na justiça e na verdade — tudo isto inscrito e gravado no coração.

Paulo também diz que a Lei foi dada, e com ela as causalidades e seus efeitos, a fim de que se avultasse (exagerasse) a consciência do pecado em nós. O próprio Paulo revelou que a Lei era parte da infância da consciência, como já nos referimos aqui, pois nos servia de guia, de servo que pega e leva para a escola — embora, agora, já andando no Caminho pela fé, ele diga que já não se precisa mais da Lei-Babá.

Além disso, toda a argumentação do apóstolo acerca da justificação pela fé conforme o dom da Graça se fundamentava nas declarações dos salmos e dos profetas; bem como, além do que estava declarado abertamente nos Textos, Paulo interpretava também o que estava apenas implícito na leitura — e ele faz isso lendo a Escritura a partir de Jesus, e não Jesus a partir da Escritura.

Isto porque Paulo lia o Velho Testamento a partir da consciência adquirida em Jesus. Ou seja: Jesus era a "Chave Hermenêutica" de Paulo, e partir dessa Chave, Paulo interpreta Abraão, Sara e Hagar, Ismael e Isaque, Esaú e Jacó e outros — sempre com o propósito de mostrar como Jesus era o cumprimento de todas as coisas.

E foi também a partir da mesma "Chave Hermenêutica" que o escritor de Hebreus interpretou os cerimoniais e os ritos descritos nos Livros da Lei, discernindo seus símbolos, utensílios e arquiteturas.

A carta aos Hebreus chega ao ponto de dizer que Jesus era maior do que Moisés, e maior do que tudo no Velho Testamento; chamando o que era pertinente à Velha Aliança de coisa obsoleta e sem utilidade, "antiquada, envelhecida e prestes a desaparecer". Hoje, ele diria que a Velha Aliança era chamada "velha", dado seu prazo de validade vencido.

Assim, o que se tem no Velho Testamento, na Antiga Aliança é o seguinte:
 
1.        A justificação pela fé, mediante a qual todos foram justificados, de Adão a João Batista. Hebreus 11 declara isto. E isso embora as pessoas vivessem sob "o regime da lei", conforme Paulo. A justificação, entretanto, segundo Hebreus e Paulo (em todas as suas cartas), sempre aconteceu pela fé, e nunca pela Lei. Esta é, afinal, a tese de Paulo em Romanos e Gálatas; em especial.
2.        A busca humana de se justificar pela Lei; pois, estava dito que aquele que desejasse se justificar pela Lei, esse teria que cumpri-la toda. E Jesus, dando continuidade aos profetas, deixou claro que tal obediência à Lei deveria ser por dentro e por fora. Mas é Davi quem diz: "Se observares iniqüidade, quem, Senhor, subsistirá?" Para então também declarar: "Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não atribui iniqüidade".
3.        A declaração, especialmente fundada no Livro de Jó, de que as calamidades da vida não são absolutas quanto a determinar o juízo de Deus sobre os homens. E Jó é a prova disso. Normalmente, todo homem acaba colhendo o que planta, mesmo que isto não chegue com cara de calamidade. Muitas vezes, somente a própria pessoa sente as conseqüências. Entretanto, conforme Jó e o Eclesiastes, as calamidades não nos vêm como aplicativo absoluto de uma Lei de Causa e Efeito; e, menos ainda, têm elas o poder de justiça; pois, muitas vezes, é o homem inocente de certos males aquele que recebe as suas conseqüências; e, outras vezes, aquele que faz algo que deveria trazer um efeito negativo equivalente ao mau-causa praticado, aparentemente, sai ileso. E o que ninguém sabe é o tamanho do desmonte na alma desse ser; pois, quando não vem como mal externo (calamidade), sempre vem como mal interno (medo, solidão, angústia, designificação existencial, amargura, sofreguidão do ódio, desespero da morte, etc.).
4.        O que não há no Velho Testamento é justificação sem Sangue. Na Antiga Aliança, a própria Lei foi sancionada com derramamento de sangue; conforme o primeiro rito de "vestimenta espiritual" praticado "por Deus" no Gênesis, quando cobriu o homem e sua mulher com as peles de um animal morto para vesti-los. 

Assim, meus irmãos, no Antigo Testamento, nós tanto temos a manifestação da devoção humana de forma primitiva; assim como temos a linha mestra de indicação do Caminho, e que é uma linha carregada de sangue de bodes e de touros; até que chegou o Cordeiro, que já havia sido imolado desde antes da fundação do mundo (portanto, infinitamente anterior à Lei); e, Nele, toda a Lei — tanto os mandamentos de conduta individual e social (10 mandamentos; por exemplo) como também as leis e ritos cerimoniais — foram cumpridos; e, com isto, tudo o mais se torna obsoleto, visto que o que agora prevalece explícita e encarnadamente é o Evangelho da Nova Aliança; e Nele, a obediência é conseqüência da fé que nasce do Amor que nos amou primeiro e que se entregou por nós.

Para os que ainda são da Lei, a emoção prevalente como "motor da obediência" é o medo. Já no Caminho do Evangelho nada tem sentido se não for o amor e a gratidão aquilo que movem o ser.

Por último, quero dizer que, na existência, existe causa e efeito em tudo (na justiça legal, nas leis naturais, nas leis econômicas, nas leis físicas, nas leis relacionais, nas leis conjugais, nas leis negociais, etc.) — menos no que tange à salvação em Cristo, conforme o Evangelho.

No Evangelho, a Lei fica para o Estado na regulamentação dos vínculos sociais (Romanos 13). Mas ela, a Lei, nada tem a ver com a justiça de Deus para salvação, que salva até o condenado pela lei como fez com o ladrão ao lado de Cristo.

Assim, no tempo Antigo, temos gente tentando viver pela Lei, com toda sinceridade; temos gente fazendo de conta que guardava a Lei, com toda falsidade; e temos gente que vivia sob a Lei por fé e esperança num Amor Maior – que os absolvesse dos rigores da própria Lei que os expôs como transgressores.

Quem se dedicar a leitura atenta dos evangelhos e das inúmeras afirmações de Paulo em suas cartas, mas em especial Romanos de 9 a 11, saberá que a finalidade da Lei é Cristo.


Jesus, a chave que abre o coração 
"Perguntou-Lhe Pilatos: O que é a verdade?"

Ora, conquanto Jesus seja também uma informação histórica — afinal Ele existiu, e nós não estávamos lá quando isto aconteceu; razão pela qual dependemos completamente das descrições que os evangelhos fazem de Jesus a fim de melhor discernir seu espírito —, no entanto, o discernimento de Quem Ele era, só acontece como revelação de Deus no coração.

A Verdade não existe como Explicação, mas tão somente como Encarnação. A Verdade se fez carne! É Alguém. A Verdade é uma Pessoa! Por isso, a Verdade só pode ser vivida, não pensada. Todo pensamento acerca dela decorre da experiência. A Verdade não é objeto de prosa... O Jesus do Evangelho não é para ser aceito, mas para ser conhecido. A Verdade que vejo em Jesus — Encarnada Nele — eu mesmo tenho que conhecer na minha própria encarnação, que é o único estado de existência que eu tive até hoje.

Foi assim com Pedro. Ele conheceu a Verdade em Jesus, e teve que experimentá-la em si mesmo. E, provavelmente, o dia no qual ele negou a Jesus, tenha sido um dia de muito mais verdade que a noite da Transfiguração.

Portanto, é preciso que cada um conheça Jesus e Sua Palavra, para si mesmo. É preciso que cada um aprenda a Ter sua própria consciência em fé, a fim de viver a Palavra por si mesmo.

Em resumo, a Encarnação é a chave hermenêutica do conhecimento bíblico, mas essa chave tem que abrir antes o meu coração. E isto só acontece no encontro entre a Verdade e a Vida.

Ora, tal encontro só se dá no Caminho, e é a isso que chamamos Consciência do Evangelho. Por isso, aproveito-me deste trabalho para propor um exercício pessoal libertador:

  • Quero convidá-lo a pegar os evangelhos e relê-los como se fosse a primeira vez, e faça-o como se nunca tivesse ouvido nenhuma interpretação deles. Pois, assim fazendo, você logo saberá que o que eu digo é apenas uma Nova Repetição do que não muda nunca, pois quando se tenta mudá-lo, nunca é para o bem, pois, trata-se daquilo que é eterno: o Evangelho. 

A necessidade de escrever a mensagem de Jesus veio do afastamento cada vez maior da sua fonte histórica - o próprio Jesus de Nazaré (Lucas 1:1-4; João 20:30-31). Em meados de 70 D.C., já não vivia a quase totalidade das "testemunhas oculares" do Senhor ressuscitado (Lucas 1:2; 1 Cor 15:3-8). Esse distanciamento cronológico entre Jesus e as comunidades só poderia ser vencido pela palavra escrita. E assim se formaram as duas grandes coleções ou "corpus" das Cartas de Paulo e dos Evangelhos.
  • Depois, eu gostaria de enfatizar a necessidade de ler o Novo Testamento na ordem cronológica da mais provável seqüência de sua produção: 1ª. e 2ª. Tessalonicenses; Gálatas, Efésios, 1ª. e 2ª. Coríntios, e Romanos; Colossenses, Filemom; Filipenses, 1ª. e 2ª. Timóteo e Tito; 1ª. Pedro; Marcos; Mateus; Hebreus; Lucas; Atos; Tiago, Judas 1ª.,2ª. e 3ª. João; o evangelho de João, 2ª. Pedro; e Apocalipse. 

Como alerta, devo dizer que o primeiro inimigo a ser vencido no estudo bíblico é o pré-condicionamento na interpretação.

Então, meu querido, soda cáustica na cabeça, uma boa chacoalhada, limpeza, e início de leitura pessoal e aberta para a Palavra e para o Espírito. Então você verá que começará a surgir o Jesus real das páginas dos evangelhos! Experimente!


Que a Graça de Nosso Senhor Jesus Cristo seja com todos.


Caio
 
Fonte: Site www.caiofabio.com

10/01/2010

A bolha neo-pentecostal vai estourar

Por Renatho Iran:







Na década de 90, um grande volume de empresas migrou para os negócios na web e logo em seguida, muitas dessas pediram falência pela retração do mercado. No ano de 2008 aconteceu  algo parecido, onde o setor imobiliário desencadeou um profunda crise no mundo todo.
Analisando o mercado da fé capitalista neo-pentecostal instalada no Brasil, se pode afirmar então, que em alguns anos uma bolha evangélica poderia explodir e mudar o cenário religioso em território nacional, deflagrando o fim do  neo-pentecostalismo no país.
Antigamente o protestantismo tinha certa simpatia pelos movimentos sociais, mas isso foi mudando através dos anos e hoje a teologia da prosperidade segue uma política de direita de fazer inveja os políticos do DEM.
Enriquecer é o mandamento principal, eles alegam que deus quer prosperidade a todo custo na sua vida e para isso não economizam argumentos. Tem unção dos últimos dias, através de bíblia financeira de R$ 900,00 reaiscimento da prosperidadeágua benta de R$ 1000,00 reaise até dízimo de 30% especial no mês de dezembro. Tem unção para todo tipo e gosto do fiéis.
Há quem critique o Bispo Edir Macedo, entretanto pelo menos esse senhor investiu em uma rede de televisão, diminuindo o monopólio da informação e gerando empregos a custo de oferta dos fiéis, mas a comunicação ganhou uma concorrência.
O negócio se tornou tão lucrativo que em breve irão encomendar jatinhos por meio de licitação com a Embraer. Eles brigam por horário de televisão, compram aviões e até emissoras de filiadas de outras redes.
Essas igrejas neo-pentecostais estão com os dias contados, os blog apologéticos, agnósticos e ateus se convergem a cada dia na web, trocando vídeos sobre denúncias da alcatéia religiosa voraz instalada em território nacional.
O mesmo vídeo postando por um ateu é utilizado por blogueiros apologéticos conscientes da sua fé verdadeira.
De uma coisa todos devem saber, se os ateus tiverem errados e existir um deus, saiba que eles serão a primeira linha de frente para enfrentar o tal do anticristo, pois esse viria para implantar ums religião forçada.
E nesse caso um ateu não aceita nem de livre espontânea vontade, quanto mais algo imposto, entretanto um religioso é facilmente manipulado, a prova disso é a crença na tal de teologia prosperidade, que muitos aceitaram e não conseguem enxergam o engano que cometem quando ofertam sementes em troca de um acordo com o tal deus.
Mas essa bolha vai estourar, onde uma hora os evangélicos vão acordar desse sono profundo hipnótico da teologia da prosperidade que nada mais é do que a aplicação da lei da atração discutida no livro do segredo da Rhonda Byrne.
Confira um versão de ” Faz um milagre em mim” adaptada para o neo-pentecostalismo da alcatéia religiosa brasileira:




Fonte: Tela Crente

07/01/2010

Donos do céu


Fonte da imagem: Blog Estudos Dominicais

por Riva Moutinho



Quem vocês pensam que são pra dizerem tudo o que precisamos ser?
Quem vocês pensam que são pra julgarem o que sequer conseguem entender?
Não me venham com olhares tortos.
Seus preconceitos cegaram suas almas.

Já estou cheio de suas vozes.
Já estou cheio de sentir vazio por vocês.
A moral é maldade. Vejam nossa realidade.
Dão aos outros um fardo impossível de carregar.

Roupas cheia de ouros e pedras preciosas compradas com o apoio dos Nazistas
Pedófilos acobertados enquanto silenciam as vítimas com dinheiro.
Jatinhos comprados com unção milagrosa vendida na TV.
Mansões erguidas com a fé de um povo que se deixa enganar.

Veja a verdade, mas propague a mentira
Eles já têm o seu sangue, agora possuem sua alma.
Uma igreja pra erguer, um homem para beatificar
Me diga se não são estes os donos do Céu?

Juízes de Deus,
Enquanto pedimos clemência no banco dos réus.
O pecado está por todos os lados
Menos em suas carteiras e contas bancárias.

Vocês são uns hipócritas!!!
Eu vejo vocês e sinto nojo.
Algum dia vocês vão se ferrar.
Mas isto é apenas uma constatação.

Cordeiro de Deus... Dá-nos a Paz!



BH 03/01/2010

03/01/2010

Piratas, flibusteiros e banqueiros



Por Franklin Cunha*


John Locke (1632-1704), filósofo inglês e ideólogo do liberalismo, é considerado um dos principais teóricos do contrato social. No seu Segundo tratado sobre o governo civil, expõe sua teoria do Estado Liberal e da propriedade privada.

Henry Morgan (1635-1688 ) foi um corsário inglês que, associado ao pirata holandês Eduard Mansvelt, formou uma companhia de flibusteiros que realizaram inúmeros e devastadores saques às colônias espanholas da América. Quando Morgan governou a Jamaica, as instruções acerca de como governá-la foram escritas por Locke. A união Locke-Morgan historicamente sustentada não deve causar nenhum arrepio ético às consciências neoliberais, pois a associação da coroa inglesa da época com a pirataria marítima era procedimento escrito e contratado sob a proteção do conhecido lema da Ordem da Jarreteira Honni soit qui mal y pense, a mais prestigiosa do Reino Unido e cujo Grão-Mestre é o Monarca da Inglaterra. Portanto, longe de nós pensarmos mal de uma associação de tão nobres patrocinadores com tão benéficos e lucrativos resultados.

Piratas e flibusteiros, personagens ao mesmo tempo heroicos e cruéis que tanto matavam como morriam, foram parte essencial do processo de acumulação capitalista e agentes que as companhias comerciais da Inglaterra adotaram para se beneficiar dos resultados dos descobrimentos espanhóis e portugueses. Assaltar e roubar os galeões carregados de ouro e prata dessas duas potências marítimas proporcionou uma enorme acumulação de capitais que deram origem à revolução industrial, à criação de instituições básicas do capitalismo (bancos, bolsas, ações) e a elaboração das bases teóricas da economia liberal.

Para se ter uma ideia, o embaixador mexicano Guaicaipuro Cuatemoc junto ao FMI informa constar no Arquivo da Índias Ocidentais que somente entre 1503 e 1660 chegaram à Espanha 185 mil quilos de ouro e 16 milhões de prata provenientes da América. E que se fossem cobrados nesses últimos 300 anos juros de 2% anuais (e não 20% como o FMI cobra), não haveria riqueza em toda a Europa para pagar tais saques.

Os espanhóis e portugueses arrancavam os preciosos metais das minas com trabalho escravo, e seus galeões eram saqueados pelos bergantins piratas que os limpavam de cabo a rabo. E por que a Espanha não teve piratas? Por que não teve capitalismo. Então, qual a finalidade do ouro que os espanhóis transportavam nos galeões? Criavam indústrias, máquinas a vapor, proletários, greves, cidades? Nem sabiam o que era isso. O que a nobreza espanhola comprava na Inglaterra eram refinadas opulências para o gozo dos gran señores ociosos. Onde se vive para o gozo não há produção nem trabalho, e onde não há produção não há capitalismo. Então, os piratas roubavam ouro destinado ao gozo e os jogavam na bolsa de Londres, na produção industrial. Ao lado de um galeão espanhol, um bergantim pirata significava o progresso econômico.

Os piratas de ontem, hoje se transformaram em agentes financeiros que, não a bordo de um bergantim de guerra, mas sentados frente a um computador manejam riquezas enormes, incontroláveis e agressivas, as quais jogam continentes inteiros na miséria, na destruição da natureza, na guerra.

O capital, disse certo redivivo “filósofo da práxis”, vem ao mundo respingando sangue e lodo. E agora, trazido por neopiratas e neoflibusteiros.


* MÉDICOFonte: click RBS
Para os que defendem a "ordem estabelecida" ou condenam qualquer "perturbação da ordem" vale lembrar que esta ordem foi estabelecida em cima da pilhagem, de assassinatos e crimes contra a humanidade e na maioria das vezes com o consentimento ou a mando da Santa Igreja.