28/12/2008

Feliz Natal


Sei que já passou o Natal, pelo menos o do calendário, mas não pude deixar de postar este texto que recebi por e-mail do Djair, que sinceramente para mim demonstra o outro lado do Natal, não aquele idealizado pela cristandade, mas o Natal das Boas Novas.

De coração um Feliz Natal a todos.

Claudinho




A Revolução do Natal


Os textos chamados natalinos são todos de natureza revolucionária e marginal.


José é maior que o machismo, e aceita sua mulher, sem poder explicar para ninguém a gravidez dela (isso se alguém tivesse descoberto), mas apenas aceita o testemunho de um anjo, e, ainda pior: num sonho. José torna-se marginal.

Deflagra as chamas da revolução da dignidade.


Os magos do oriente chegam conforme a Ordem de Melquizedeque, pois, sem terem nada a ver com a genealogia de Abraão, seguem uma estrela que anda no interior deles, e, caminhando nessa simplicidade discernem aquilo que os teólogos de Jerusalém só sabiam como "estudo bíblico".


Os que tinham a Escritura (os escribas), não tinham a Revelação. E quem nada sabia da Escritura tinha sabido o necessário acerca do Verbo pela via da Revelação.


Uns sabiam o endereço: "Em Belém da Judéia…", mas não tinham a disposição de sair do lugar… amarrados que estavam à idéia de que conhecer o texto leva alguém a qualquer lugar.


Já os que perguntavam (os magos), estavam no caminho… seguiam… e são eles os que chegam onde Jesus estava. Eles dão testemunho do potencial revolucionário do Evangelho para qualquer alma da Terra. Esta é a revolução supra religiosa, conforme a Ordem de Melquizedeque.


A velha Isabel dá a luz um filho. Seu velho marido não pode nem contar a história, pois fica mudo. É a revolução dos estéreis e mudos.


O rei dos judeus não tem onde nascer! Esta é a subversão dos poderes!


Pastores distraídos são visitados por miríades de anjos—e eles representam os homens de boa vontade. É a marginalidade da Glória!


Nenhum dos sábios de Jerusalém discernem o Príncipe Eterno quando seus pais o levam ao templo para a circuncisão, mas apenas uma profetiza velha e um ancião sem significado religioso. A revelação não sabe os nomes dos sacerdotes!Ou seja: a começar da Encarnação como Natal (nascimento), o Evangelho é para aqueles que não se esperava que fossem discerni-lo.


A Revelação é quase sempre marginal!

Os grandes atos de Deus não acontecem em Palácios, mas em choupanas e estrebarias.


E a voz mais veemente do natal é a voz da virgem, da Maria simples, e que troveja a justiça de Deus sobre as nações. Ela é quem anuncia a grande subversão divina. E faz isto como um Cântico.


Dedico este texto a todos os que hoje se sentem afastados da religião, e que ainda carregam a culpa de assim estarem afastados.


Deus não é oficial.


A vida não é oficial.


O amor não é oficial.


A Graça de Deus é sempre subversão e marginalidade.


Na oficialidade são feitos os julgamentos.


Na marginalidade explode a vida.


Abra seu coração e siga o Guia, conforme os magos.


Seja generoso como José.


Corajoso como Maria.


Fértil como a estéril Isabel.


Convicto como o mudo Zacarias.


Alegre como aqueles que são acordados nos campos pela voz de anjos.


Capaz de antever a salvação como esperança mesmo que você seja velho como Simeão e idoso como Ana.


Nas narrativas do Natal nas Escrituras não são as pessoas que vão a Deus, mas Deus que vai às pessoas.


O Natal acontece como afirmação de que em Jesus, Deus se reconciliou com os homens.


Assim, não se sinta excluído, pois, eu sei, nestes dias, Deus enviará corais de vozes interiores, e nos ajudará a discernir o caminho interior da estrela, e nos fará contentes com a Graça de Hoje, e que será a esperança de amanhã, para nós e para todos os humanos.


No Natal Jesus é a alegria dos homens!


21/12/2008

A Igreja daqui a 50 anos.

Por Alex Esteves

Daqui a cinquenta anos serei um velhinho octogenário. Se Jesus não houver buscado Sua Igreja, ou se eu mesmo não tiver ido de outra forma, estarei aqui nesta Terra com meus cabelos brancos, uma família bem grande e muita história pra contar aos meus netos. Mas, como estará a Igreja brasileira? Que Igreja as minhas cãs verão? Vamos fazer uma projeção mambembe?

.Daqui a cinquenta anos o Brasil será uma nação evangélica. Teremos passado por um presidente da República evangélico, um ministro do STF evangélico, e muitas autoridades políticas evangélicas, como vários senadores de destaque. Muitos deles terão cometido crimes de corrupção, improbidade administrativa, e haverá escândalos em diversos Municípios e Estados com o franco envolvimento de pastores, líderes evangélicos e igrejas.
A maioria dos crentes evangélicos em 2058 será nominal. Dizer a palavra "evangélico" será como anunciar uma importante insígnia, o termo cairá na boca de todo mundo como açúcar. Ser evangélico abrirá muitas portas, e fechará outras a quem não se identificar como tal. Em razão de disputas de poder, haverá grandes divisões nas maiores denominações do país. Todas as denominações ficarão rachadas em vários pedaços. O pentecostalismo passará por uma transformação enorme, quase desaparecerá debaixo de heresias e duros golpes dos sensacionalistas e personalistas, que se apoderarão de suas igrejas. Mas alguns crentes verdadeiros sobreviverão a isso, tendo que se reinventar..
Crescerá um movimento informal de igrejas menores, pequenos grupos que se reunirão por extrema necessidade espiritual, não por uma questão de estratégia de crescimento, nada disso. Haverá pastores sendo consagrados por sua vocação, dentro desses pequenos grupos, e não por causa de promoções políticas dos sistemas eclesiais.
Para se distinguir dos poderosos e hereges evangélicos do futuro, os verdadeiros crentes adotarão o nome que lhes for dado. Não me arrisco a antecipar essa nomemclatura, porque não sou vidente, mas será alguma coisa pejorativa, uma alcunha dada pelos outros, que acabará redundando num modo de designação de diversos grupos heterogêneos.
Muitos dos popstars serão evangélicos. Eles gravarão músicas para igreja e para bailes funk ou coisa do gênero, tudo num só album. Haverá evangélicos em todos os setores artísticos, e a maior rede de televisão e rádio será evangélica.Será muito difícil pregar o Evangelho em 2058. As pessoas terão preconceito, porque buscarão apenas o nome "evangélico", mas não o Jesus do Evangelho. Quando os crentes verdadeiros quiserem pregar, serão tratados com o típico respeito da indiferença, no mesmo sentido do ainda vivo pluralismo. O evangélico "normal" será uma pessoa materialista, que criou um estilo diferente de se vestir e de falar, com sua cultura musical e artística específica, cada vez mais influente. Falar de Jesus entre os evangélicos será como falar de um líder que fez coisas extraordinárias para mostrar o que se pode esperar desta vida.
Daqui a cinquenta anos, a Bíblia continuará sendo tratada como um rol de variados segredos motivacionais, como um pacote de amuletos, e, mais do que isso, será vista até pelos evangélicos como um livro sagrado dentre tantos outros. Haverá forte expansão da demitologização das Escrituras, os milagres e o sobrenatural serão vistos como figuras de um poder cósmico que a Bíblia atribui a Deus. Os líderes farão da Bíblia o que quiserem. Isso não será a exceção - será a regra, a tese majoritária, a doutrina oficial, a ideologia da classe dominante nas igrejas, e, enfim, do País.
Os crentes de verdade não apreciarão em nada esse estado de coisas, e por isso não terão alternativa senão envolver-se em grupos menores, de comunhão, primeiro em casas, depois em prédios destinados a esse fim, mas com o surgimento de líderes proeminentes que buscarão pastorear esse rebanho e resgatar pontos doutrinários fundamentais, com interesse reformista.
...E eu, do alto de meus 81 anos, ficarei em casa conversando sobre tudo isso com minha família, principalmente com a minha esposa, a Miriam. Não tendo mais forças para falar em público, nem sendo mais convidado a lugar nenhum, dobrarei meus joelhos frágeis e orarei ao Deus do Céu, para que tenha misericórdia daquela geração tosca e fútil..
Não se apoquente: não sou profeta. Este é apenas um pequeno exercício mental e literário, sem nenhuma conotação profética.
.

***
Fonte: Blog do Alex

http://alexesteves.blogspot.com/search?q=a+igreja+do+futuro

De fato não temos como saber o futuro da igreja denominacional em nosso país, mesmo porque muito pouco se pensa ou se planeja em termos de crescimento natural da igreja (com raras e boas excessões), mas as evidências levantadas que acontecem hoje apontam para aquilo que o Alex vaticina.

Por isso é necessário manter o olhar nos exemplos de simplicidade e amor de Jesus, sem esquemas liturgicos, aparatos e estruturas religiosas, apenas caminhando entre as pessoas. Assim foi sua vida amando até as últimas consequências e nada menos do que isso ele pede aos seus seguidores, que amem a seu Deus acima de todas as coisas e a seu próximo como a sí mesmo.

Inflizmente a fé se tornou religião e a religião um próspero negócio contrariando aquilo que Jesus deixou como legado.

Que Ele nos ajude a praticar uma fé na vida e não na religiosidade.

Parabéns Alex pelo texto que pesquei pelo Blog Púlpito Cristão.

Graça e Paz

15/12/2008

Como já havia colocado estou sem tempo para postagens neste final de ano, mas tive que separar um tempo para responder um comentário anônimo, feito em uma comunidade no orkut onde eventualmente posto links.

Abaixo transcrevo o comentário e a resposta.

Abraços

Graça e Paz!!

Anônimo

Sobre Fé mais um pouco

Caros Amados Irmão quero lhes falar sobre Fé e mais um pouco,Quero dize-los e convidalos a gastar suas energias, seu tempo, em pro da propagação do evangelho e nao com contrariedades, Pois o mandamento ja foi dado e nele implica "IDE PREGAI O EVANGELHO A TODAS AS CRIATURAS".

Concluo que tudo que vem para distorcer a verdade do Evangelho que sirva de Anatema para nos.

Agora se você quizer ficar usando seu precioso tempo para metralhar doutrinas, manifestações, Visões,..... Cuidado varão pois DEUS ainda é Multiforme em graça e não Uniforme em Graça.Pois o mesmo Jesus que veio para que todos Cumprissem a lei foi o mesmo Jesus que curou no Sabado.

Sim a intimidade com DEUS, Não a religiosidade.

Claudinho (Resposta)

Um pouco mais sobre fé e mais um pouco

Bom meu irmão anônimo, tenho um sentimento fraterno para com todos que amam o Evangelho de Jesus e por Ele guiam sua jornada de fé e mesmo quando não concordo com o que pensam ou fazem, respeito a todos por isso não precisa se esconder atrás do anonimato para expressar o que pensa, pois o cristão assume publicamente o que crê e leva na sua vida até as últimas conseqüências, por isso que em Roma muitos irmãos morreram no Coliseu por assumir uma identidade contrária a um sistema maligno.

Você também não foi pontual no que a verdade do evangelho está sendo distorcida, se pelo menos citar um texto poderei apagar o texto do blog, mas como vc generalizou presumo ou que leu tudo ( o que duvido ) ou não leu nada e acha que entende tudo. E ai eu que lhe pergunto –

Qual é a verdade do Evangelho? Senão que Deus reconcilhou-nos em Cristo, desfazendo a nossa inimizade com Deus, e Ele evangelizou a paz aos que estavam longe e aos que estavam perto, e por isso nós temos acesso ao Pai em um só Espírito, sendo assim não somos mais estranhos mas concidadãos dos Santos e da família de Deus.

Esse é o evangelho que creio, vivo e prego e qualquer outro que aparecer com “doutrinas, manifestações, Visões” como vc coloca que não estejam encaixadas naquilo que Jesus ensinou e viveu será de fato “metralhado” como consciência de um chamado e uma vocação que a mim foi dada pelo Espírito e pela Palavra, que é de não me conformar com o presente século, mas de me transformar pela renovação da mente e provar essas “manifestações, doutrinas, Visões” a luz da Palavra e da vida de Jesus.

Quando vc diz que “o mesmo Jesus que veio para que todos Cumprissem a Lei...” já mostra um equívoco de interpretação, pois a Lei conforme Paulo não poderia ser cumprida por nenhum ser humano, portanto Jesus jamais pediria para alguém cumprir o que somente Ele poderia fazer, por isso seu fardo era leve e seu jugo suave.

Portanto meu irmão reitero minha proposta de ter um blog onde as pessoas que lêem possam ser edificadas, pois o que escrevo ou ou re-publico tem o propósito de ensinar de uma forma que os irmãos venham por si mesmo refletir suas práticas individuais ou coletivas (em comunidade), e não basear suas práticas em “doutrinas de homens, manifestações da carne ou Visões" ridículas que escandalizam o evangelho de Jesus que é multiforme em Graça sim, para alcançar os perdidos, mas lembre-se que Jesus manifestou essas Graça quando acolheu pecadores, publicanos, cobradores de impostos, leprosos, ladrões, prostitutas, samaritanos, etc. Mas foi uniforme quando chamou de hipócritas e túmulos caiados os representantes da religiosidade oficial de sua época e creio que Ele hoje não agiria de modo diferente aos que dizem representá-lo.

Por isso na minha opinião vc acerta quando declara “sim a intimidade com Deus, não a religiosidade” pois esse é o mal da religião evangélica, religiosidade sem vida e vida sem intimidade, os ofícios do templo são mais importantes que a vida e a comunhão, pregar o evangelho é mais importante do que viver o evangelho, ter intimidade com Deus é sinônimo de “manifestações e Visões” e a paz que é oferecida como cumprimento ao próximo não reflete a Paz plena que Jesus nos trouxe por não entender o tamanho da Graça de Deus e na tentativa de agradar a Deus fazem barganhas com Ele, trocando religiosidade por bênçãos, jactando-se na sua justiça própria como o homem que orava em pé ao lado do publicano.

Por isso meu irmão anônimo o que faço só deixarei de fazer quando o Senhor quiser, amo muito a Igreja de Jesus e os irmãos da fé para calar minha voz, pois o que faço o faço em amor e submissão a Palavra de Deus.

Abraço fraternal a todos os irmãos que lêem o Blog, principalmente os Quadrangulares, onde cresci e alicercei minha fé na comunhão, estudos da Palavra, lutas e oração.

E quero lhe dizer que eu tenho nome (Claudio) e mesmo que vc esteja atrás de uma máscara de anonimato eu lhe amo fraternalmente em Cristo e gostaria muito de conhece-lo (isso se já não o conheço) para que possamos mutuamente nos edificar com as verdades do Evangelho de Jesus.

Para encerrar deixo um pensamento de Martinho Lutero – (que faço votos que o irmão anônimo leia e aprenda um pouco sobre o não se conformar com as distorções da Palavra).

"Fiz uma aliança com Deus: que Ele não me mande visões, nem sonhos nem mesmo anjos. Estou satisfeito com o dom das Escrituras Sagradas, que me dão instrução abundante e tudo o que preciso conhecer tanto para esta vida quanto para a que há de vir." Martinho Lutero

Em Cristo onde qualquer outro evangelho que não seja o Evangelho da Cruz seja Anátema.

Claudinho

Graça e Paz

17/11/2008

UM "CREDO" CAMINHANTE?

Repasso abaixo um e-mail que recebi via lista, que talvez esclareça também aos que me perguntam ou as vezes não o fazem de como posso ser seguidor de Cristo sem ser membro de nenhuma "igreja".

Não me sinto mais a vontade no conforto e na segurança das doutrinas e credos, nos templos enfeitados e ordeiros, nas rodas de iguais onde tudo parece como água de poço. Eu prefiro a insegurança da fé que me dá apenas uma certeza: Que fui aceito por Deus através da Graça e pelo sacrifício do Cordeiro de Deus, e isto muito antes da fundação dos tempos e isso me basta para viver em paz com Deus, buscando nos Evangelhos as referências para a vida e ter comunhão com meus irmãos.

Um abraço a todos.

PS:
Para quem não sabe sou fotógrafo de eventos e neste período até o final do ano minha agenda fica lotada me sobrando pouco tempo para postagens ou responder comentários, mas sempre que der estarei postando novos textos e comentários.

Graça e Paz!!


Marcelo, mano!

Todo amor e graça do nosso bom Deus sobre você!

Colo abaixo recortes de um texto que escrevi:

Um amigo me fez a seguinte pergunta:

"O Pr. Caio Fábio e os demais líderes, como você, não têm uma linha doutrinária que define a convicção de fé e prática deles?"

Temos linha doutrinária, sim! Mas nenhum sistema teológico fechado, nenhum esquema de cinco ou dez pontos, nenhum pacote. Nenhuma fragmentação, nenhuma sistematização, nenhuma dissecação, pois o Evangelho não se presta a sistemas humanos. Queremos os temas e os termos do Evangelho, com as palavras expressas e vividas por Jesus e seus apóstolos. Uma vez que Jesus seja a chave hermenêutica, os sistemas teológicos perdem completamente seu valor.


Nossos temas são os temas de Jesus! Devemos nos calar onde Jesus se cala! Não devemos discutir o que Jesus não discute! Não devemos sistematizar o que Jesus não sistematiza! Não devemos tentar explicar o que Jesus não explica, mas apenas afirma como vida!

Em Jesus, tudo é para ser experimentado na caminhada e não para ser discutido nas cátedras; a vida de Jesus em nós se dá no dia a dia, nas ruas, nos becos, nos guetos, nas casas.

Assim cessam as disputas dogmáticas e as polarizações, uma vez que em Jesus não existem tais preocupações.

Não rejeitamos o pensamento de outros irmãos no decorrer da história; somente não os transformamos em pacotes de doutrinas que precisam ser aceitos por todos, como um corpo fechado. Infelizmente, o que vejo na igreja evangélica é que a confissão de fé de cada denominação, na prática, é tida como Palavra de Deus. Discordar da confissão é discordar de Deus.


A tal ponto é assim, que o fato de eu ter escrito que não posso mais andar com o Evangelho numa mão e com a Confissão de Fé de Westminster na outra, fez com que colegas cortassem as relações comigo; já não posso mais ser amigo deles, porque virei um herege por não adotar a Confissão, mesmo que o conteúdo das minhas mensagens não possam ser classificadas como heréticas; ou seja, abandonando nossa amizade, estes irmãos reafirmam a Confissão e negam o amor do Evangelho. É a Teologia tomando o lugar do Evangelho.


No Evangelho, a verdade é simples e poderosa para libertar e revolucionar a vida, e todo filho do Evangelho pode comer e beber dela para si e por si mesmo na Palavra viva que é Jesus, a partir dos registros das Escrituras, nas quais se ouve a Palavra, guiado pelo Espírito Santo que faz fluir do seu interior rios de água viva; na igreja dos homens, não basta o Evangelho; as pessoas se tornam dependentes de pregadores e de sistemas teológicos complexos que as impedem de ver e viver a beleza e leveza do Evangelho, uma vez que ele não é daqui, mas de Deus, não podendo ser discernido pela mente humana, mas apenas crido e recebido em fé, produzindo ele mesmo a vida naquele que assim crê; em Jesus, que é a Palavra, todas as palavras e raciocínios humanos se calam.

No Evangelho, o único dogma é o Evangelho, com os termos e temas do Evangelho, estando a interpretação do dogma no próprio Jesus, pelo qual Deus fala; à luz da sua vida e ensino, o filho do Evangelho interpreta a verdade do Evangelho, no Velho e Novo Testamentos; a igreja dos homens se esquece de Jesus no Evangelho, interpreta letra com letra e cria sistemas teológicos, nos quais Jesus é apenas mais um tópico, e que não podem conter o Evangelho e rotulam os tais sistemas e brigam por eles; e os filhos das igrejas dos homens se definem orgulhosamente pelo sistema que seguem (calvinismo ou reformado, arminianismo, luteranismo, pentecostalismo, catolicismo, etc...); enquanto rotulam e gastam-se nas discussões dos "profundos" temas teológicos, deixam a graça, o amor e a misericórdia do Evangelho abandonados no canto da gaveta.


Resolvi ser um mero repetidor das palavras do Evangelho; não aceito sistematizar absolutamente nada. Repetir o Evangelho, com as palavras, os temas, os termos do Evangelho! Este é o desafio e meu desejo mais sincero!


O que o Evangelho não explica, eu não tento explicar; o que Evangelho não sistematiza, eu não sistematizo, o que ele não defende, eu não defendo.


O Evangelho liberta e une; a teologia divide e escraviza. Cria guetos, subculturas, denominações, enquadra Deus e é a união dos iguais, que devem pensar a mesma coisa, que devem ser moldados conforme a teologia do grupo.


Heresias não se combatem com sistemas teológicos, mas com a insistência em pregar e viver o Evangelho simples e claro, sem as elaborações complexas da teologia. O pensar teológico, imaginando poder dissecar e explicar Deus, o nega!


Diante da beleza do Evangelho, qualquer sistema teológico perde o brilho. O Evangelho é maravilhoso e simples!


O Evangelho me basta e me alimenta! Como do pão vivo que desceu do céu; aí quando chego nos livros de teologia, estou saciado, farto; e dá aquele fastio! Diante do Evangelho a Teologia não tem graça nem GRAÇA!


Concluindo, a nossa doutrina, o nosso dogma, é o AMOR DO EVANGELHO! Os temas e termos do Evangellho, conforme encarnado em Jesus. E isto nos basta!

Fugimos da tentação de criar sistemas fechados, pois isto é religião! A verdade do Evangelho é vida e não se presta a sistemas lógicos de entendimento humano! O único entendimento possível do Evangelho é na vida, comendo-o!
Portanto, para nos desintoxicarmos de todo este entulho teológico, o caminho é irmos ao encontro de Jesus no Evangelho puro e simples! Lê-lo, ouví-lo!, sem os olhos da religião (sistemas teológicos e estruturas administrativas), mas com os olhos em Cristo!

Bebamos da fonte da vida, que não é um livro, mas uma pessoa, e seu nome é Jesus!

Em Cristo, nosso querido Salvador!


Adailton -Flórida (começando a voltar para o Brasil!)

Em 16/11/08, marcelo quintela <marceloquintela@caiofabio.com> escreveu:

Gente amada,

No Caminho da Graça, de vez em quando, aparece gente se queixando que eu não ensino "doutrina" em Santos, que o Caio não estabelece um "Credo". Eles querem dizer que não enfatizamos os dogmas e sistemas que distinguem uma igreja de outra... Mais ou menos isso.

Ora, continuaremos sem o fazer, senão qdo houver oportunidade especial, gerada pela necessidade urgente dado alguma perversão presente, tipo: Jesus já voltou, Jesus não voltará, Jesus voltará antes, Jesus voltará depois, Jesus recolheu os dons, Jesus manifesta os dons, Jesus predestina, Jesus deixa que nós decidamos, Jesus manda pro inferno, Jesus tira do inferno, a gente dorme (descansa) quando morre, ou a gente salta da morte para o colo do Pai, e por aí vai...

Bom, se o essencial estivesse assentado como verdade Absoluta no coração de quem crê, a gente ia se divertir articulando normatizações, pinçando os elementos periféricos mais palatáveis no vasto cardápio de possibilidades doutrinárias... Self-service... Seria como ir no Subway e montar o próprio sanduíche, como a "igreja" faz, misturando ingredientes onde um anula o gosto do outro, quase sempre! Tipo assim: Salvo pela? Graça. Santificado pelo? Mérito.

Vai entender!

Quanto a nós, enquanto a perversão for aquela que se refere a própria pregação da BOA NOTÍCIA DA RECONCILIAÇÃO E DO PERDÃO, o que faremos sem cansar é pregar a BOA NOTÍCIA DA RECONCILIAÇÃO E DO PERDÃO.

O que há é a pregação do FUNDAMENTO DOS APÓSTOLOS.

Agora, me digam: Para que serve ensinar as doutrinas periféricas que acrescentam conhecimento à "intelectualidade espirituóide", se a mais premente necessidade é responder à perversão do que é básico, fundamental e essencial, pilares sem os quais nada se contrói.

Imagina ensinar teologia a quem não conhece nem a si mesmo, e pretende ainda assim, conhecer a Deus... em fragmentos.

Se não se conhece nem a Cristo, e Esse crucificado; como se conhecerá a Jesus Glorificado? Um "credo" Caminhante? "CRUZ-Credo!" Meu credo é a Cruz, onde fui crucificado com Cristo, e a vida que eu vivo, vivo-a pela FÉ no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim!

Do contrário, quem começar do fim, acabará assim: Deus em fragmentos, gente fragmentada.

É como pensar na decoração das paredes numa casa que não tinha teto e não tinha chão. Esse é o Cristianismo de nossos dias: quer deliberar sobre o aborto, sobre a inclusão do homossexual, sobre os tipos de batismos, sobre o destino eterno dos orientais, sobre a crise econômica e sua sombra apocalíptica, e não se enxerga a si própria perdida do ESSENCIAL.

No Caminho da Graça não se ensina a SABER. Ensina-se/aprende-se a CONFIAR.

Quem confia, saberá.

Quem sabe, deve saber também como convém saber; posto que o saber acadêmico-espiritual raramente gera confiança e convicção de fé, e quase sempre realiza o contrário na "alma sábia": presunção e arrogância.

Por isso, caros amigos, não se preocupem. Enquanto o fundamento dos apóstolos e a chave de interpretação em Cristo não for o chão teólogico da caminhada e enquanto o Caminho de Deus encarnado não for nosso caminho mais excelente, de amor devotado ao próximo... Nada poderemos fazer quanto a um "credo caminhante".

Credos são para religiões.

No Evangelho não há credos! Nem crenças! Nem créditos!

Crê somente!

Daí, um monte de perguntas sem respostas ficam respondidas; não pela assimilação da resposta exata, mas pela dissipação da pergunta. Você vai procurar aquela questão tão aflitiva por tantos anos (tipo: por que sofremos?), e quando percebe ela dissipou-se, evaporou-se, desocupou o peito, des-encucou a mente... Já era!

Calvinistas? Arminianos? Ecumênicos? Universalistas? Liberais? Reformados? Místicos? Pré-tribulacionistas? Pós? Trans? Amilenistas? A Terra "enrolada como papel, destruída pelo fogo"? Ou a Terra restaurada para herança dos mansos? A Bíblia é? A Bíblia contém? A Bíblia não tem?

Ah! Meus irmãos... Quem não confia no Amor, desconfia que Deus não saberá o que fazer se nós não o orientarmos detalhadamente. Quem confia no Amor tanto pode ser arrebatado desse mundo como ficar até o instante final, onde a coisa vai ficar tão feia, que se não fosse abreviada nem os eleitos se salvariam!

Os eleitos não se salvariam se a salvação não os tivesse elegido!

Quem entende isso?

Deixa pra lá...meu irmão!

Há Deus sobre a História!

Quanto a ti, vai e segue-O! E aí "onde Eu estiver, estareis vós também!"

Louvado seja o Senhor!

Na mesma Graça,

Marcelo Quintela Santos/SP

10/11/2008

Adoração Extravagante? Uma Análise

Postado por Gutierres Siqueira, 19 anos

Hillsong, um grupo musical das Assembléias de Deus na Austrália, estourou em sucesso nos primeiros anos da década de 1990, influenciando os grupos musicais das igrejas evangélicas em todo o mundo. Os louvores das igrejas pentecostais e carismáticas ganharam uma nova roupagem e influenciaram fortemente igrejas tradicionais.

Hoje, as músicas do Hillsong United, versão mais jovem do grupo, são cantadas no mundo inteiro e inspira várias bandas locais. No Brasil, a Igreja Batista da Lagoinha e o seu Ministério de Louvor Diante do Trono divulgaram o "jeito hillsong" de cantar[1]. Vários rótulos foram dados ou auto-proclamados a esse novo movimento musical, inclusive de adoração extravagante, levitas, geração de adoradores, louvor profético etc. Há problemas sérios envolvendo esse novo momento da musicalidade protestante, assim como algumas vantagens trazidas pelos "ministérios de louvor".

I. Equívocos dos adoradores extravagantes


a) Concreto pelo abstrato


Nessa nova musicalidade há muita espiritualização daquilo que não é espiritual. O concreto é constantemente substituído pelo abstrato. Nesse pensamento são comuns declarações "proféticas" para conversão do país e proclamações triunfalistas sobre "um grande avivamento". Nesse ufanismo nada concretamente é feito, como maior exposição das Escrituras, orações acompanhadas de ação inteligente e dirigida por Deus, segundo os valores expostos na Palavra do Senhor.


b) Mistificação do louvor


É comum nesses "ministérios de louvor" uma ultra-valorização do emocional. Choros, gritos, pulos, cânticos espontâneos são indispensáveis nessas reuniões de louvor. Erro comum no meio pentecostal é considerar manifestação espiritual somente aquilo que é sensasorial e visível.

Nessa mistificação instrumentos musicais são "ungidos" e outros são considerados sagrados, tais como o shofar (instrumento musical feito de chifre de carneiro). Para muitos, o toque o shofar "libera unção". Outros deixam o som de seus aparelhos ligados para mudar o ambiente de suas casas. Tal espiritualidade se aproxima mais da religiosidade oriental do que das Escrituras Sagradas.

Muitas músicas parecem um mantra, onde a repetição é excessiva. Algumas músicas chegam a 20, 35 ou até 45 min repetindo a mesma letra. Essa atividade não é nada racional para um culto cristão.


c) Culto transformado em show


Bom seria se muitos "adoradores" se reconhecessem como artistas, pois enquanto negam tal definição, se comportam como tal. Philip Yancey acertou em cheio quando escreveu: "A igreja existe, não para oferecer entretenimento, encorajar vulnerabilidade, melhorar auto-estima ou facilitar amizades, mas para adorar a Deus. Se falharmos nisso... A igreja fracassa."[2].

Estrelismo tem tomado conta de mega-apresentações, onde o líder carismático é rodeado de fãs enlouquecidos. Muitos desses líderes tentam resistir ao estrelismo, mas não conseguem por estarem inseridos dentro de um movimento que é show por si só. Uma liturgia simples é substituída pela parnafenália de equipamentos e efeitos especiais que despertam os ânimos no momento das "ministrações".


d) Conceito equivocado de ministério


Nas Escrituras não há o conceito de "ministério de louvor", pois a musicalidade litúrgica é para toda a congregação, não somente para um grupo determinado. Não existe ministros de louvor, biblicamente falando, todavia essa é mais uma expressão da espiritualidade veterotestamentária presente nas igrejas cristãs.

Não, não está escrito que "Deus deu uns para apóstolos, profetas, pastores e ministros de louvor". Bem, que é mania da igreja evangélica brasileira inventar ministérios, como exemplo o de contribuir financeiramente para um programa na TV, sendo o "ministério dos colaboradores".


f) Cultos vetero-testamentário


A linguagem dos "ministério de louvor" são tipicamente do Antigo Testamento. Os "atos proféticos", "clamores de arrependimento pela nação", "atos simbólicos" e a mania de se colocarem como levitas é um mal constante nesse movimento. Normalmente, os líderes desses grupos são judaizantes, pois até kippah (cobertura para a cabeça) e talid (manto para orações) são possivéis ver em alguns cantores.
Como lembra o professor Augustus Nicodemus: "Isso reintroduz o conceito que foi abolido na Reforma protestante de que o louvor e o acesso a Deus são prerrogativas de apenas um grupo e não de todo o povo de Deus"[4].

e) Ligação com modismos perniciosos


Boa parte dos "ministérios de louvor" estão totalmente ligados a movimentos heterodoxos como a teologia da prosperidade, confissão positiva, maldição hereditária, bênção de Toronto, gedozismo, batalha espiritual etc.


II. Acertos dos adoradores extravagantes


Nem só de equívocos os adoradores extravagantes estão cheios, alguns de seus acertos devem ser imitados por todos aqueles que gostam de louvar ao Senhor.


a) Letras de adoração


O movimento de adoração conseguiu produzir maravilhosas músicas, com letras bem feitas e com mensagens de adoração, mas com exceções [3]. No meio pentecostal eram comuns letras com exortações descabidas e até engraçadas, como uma música chamada "Teleleão", que exorta sobre os perigos da TV. Outros "louvores" estavam e ainda estão recheados de clichês de auto-ajuda, onde o triunfalismo reina nas letras. Os "hinos de fogo" são violentamente anti-bíblicos ou exagerados em sua análise da espiritualidade pentecostal.

Enquanto isso, os grupos de adoração conseguiram produzir letras muito boas, como "Aclame ao Senhor" e "Preciso de Ti". Essas letras realmente transmitem um louvor de adoração.


b) Despertamento para a importância do louvor


A música não era muito valorizada pelas igrejas protestantes, pois o conformismo técnico e uma produção musical de qualidade quase não existia. É consenso que os "ministérios de louvor" aumentarão a qualidade técnica, mas como visto no texto, não aumentou a qualidade de maneira geral.


Conclusão:


Uma análise desapaixonada, sem espiritualizações descabidas, precisa ser feita sobre qualquer movimento evangelical que se apresenta como um novo avivamento.


Notas e Referências Bibliográficas:


01. Esse texto é teológico-apologético, mas para uma análise sociológica do movimento de "adoração", veja: CUNHA, Magali do Nascimento. A Explosão Gospel. Rio de Janeiro: Mauad X e Instituto Mysterium, 2007. pp. 105-136. Para uma análise da musicalidade pentecostal no decorrer da história, ver: ARAÚJO, Isael de. Dicionário do Movimento Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2007. pp 496-499.


02. YANCEY. Philip. Igreja: Por Que Me Importar. São Paulo: Vida Nova, 2001. p. 25.


03. NICODEMUS, Augustus. O Que Estão Fazendo Com a Igreja. São Paulo: Mundo Cristão, 2008. p. 160.


04. Algumas letras são altamente anti-bíblicas, como a música "Vitória na Cruz" do Diante do Trono.
Fonte - Blog Teologia Pentecostal

04/11/2008

O CORDEL DA APOSTASIA!

O CORDEL DA APOSTASIA

Indo direto ao assunto.
Estou muito preocupado
Com o que anda se pregando
E sendo aceito adoidado.
Tão mentindo para o povo
Com esse evangelho novo
Que é anatemizado.(Gl.1:8)

Outro dia alguém me disse,
Parece conversa de bebo,
Que o diabo não existe
Só existe se eu concebo
Que morar de aluguel é pecado
E que pra ser abençoado
Basta dizer “eu recebo”


É corrente da casa própria
Corrente da impotência
Corrente do descarrego
Meu Deus quanta imprudência
E a pergunta que me sai
É até onde vai
A falta de inteligência.

Uma coisa bem marcante
Na nova teologia.
É que o dinheiro é que manda
Parece as Casas Bahia.
Sobra pastor interesseiro
Que topa tudo por dinheiro.
Até fazer baixaria.

E por falar em pastor.
Essa palavra é pequena
Eles querem é ser apóstolo
Ser pastor não vale a pena
Querem patriarcas entre os seus
Arcanjo ou vice Deus
Pra renda não ser pequena.


Mas uma coisa me alegra.
Ao ver tanta aberração
É que Jesus avisou
Não é novidade, não
Mateus capítulos sete.
Aonde Jesus arremete
à chegada dos fi do cão.( Mc 7: 15-23)

Esse outro evangelho
É bem visto por ai
Chamam de nova unção.
Facinho de engolir
Vem com tanto “marketismo”
Que até o catolicismo.
Tá começando a aderir.


Tem unção da risadeira
Da língua dos animais
Unção pra andar de quatro
Pra amarrar satanás.
Unção pra virar pastor.
E curar sem ser doutor
Quaisquer doenças fatais.


Unção é palavra fácil
Na língua desse povão
Muita gente se pergunta
Qual a significação.
Como muito já falei
A única coisa que eu sei
É que unção e outros não são

Se um anjo aparecesse
E me mandasse acreditar
Nesse evangelho falso
Que estão a anunciar
Eu dizia sai capeta
Que com essa tua treta
Tu não vai me enganar (Gl. 1:8,9)

O que escrevi aqui
É só pra acautelar

Fonte Orkut
http://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs.aspx?cmm=450279&tid=5264424891799768821&start=1

Parece as Casas Bahia - Caraca muito bom mesmo!

02/11/2008

Homenagem à Ricardo Gondim




Ontem estive na igreja Assembléia de Deus Betesta e pude presenciar uma das pregações de Gondim.


Apesar de muito criticado por diversas lideranças religiosas, considero o pastor Ricardo Gondim um exemplo tanto de ministro da Palavra, quanto líder cristão.


Ele não se vendeu aos movimentos modernos cristãos, não mudou seu discurso com medo de perder membros e não mudou para vender melhor seus discursos.


Ele continua crítico, filósofo e firme.Gondim é mais que um pregador; ele é um pensador. E a igreja não gosta de pessoas que pensam.


A igreja prefere pessoas que sejam simplesmente manipuláveis, enganáveis.


Quando surge um pensador, um “herege”, como o chamam, os líderes manipuladores buscam um meio de atacá-lo e depreciar sua imagem.


E isso é acentuado com Gondim, que não tem medo de citar denominações evangélicas que buscam lucrar com a fé cristã.


Gondim prega - biblicamente baseado - que o cristão não será nem mais nem menos amaldiçoado se ele der o dízimo; que ser dizimista não influenciará sua vida com Deus.


Imagina o quanto essa pregação não pertubou os líderes que visam lucrar com os dízimos dos evangélicos e pregadores que cobram para pregar? -Eu tenho sido atacado, tanto na internet como na igreja, por líderes que temem pensadores por causa do que prego. E quando falo “líderes”, não são de congregaçõezinhas de bairro. Tenho sido perseguido por apóstolos e certos pregadores dos Gideões. Homens que buscam religiosidade cega para doutrinar e “encabrestar” seus seguidores. Homens que pulam, gritam e sapateiam sobre púlpitos, a título de manifestação divina, simplesmente porque não sabem ensinar. Falam o que o povo quer ouvir e recebe o dinheiro deles em troca. São um câncer para a igreja e têm levado o cristianismo no Brasil a falência. Hora de darmos a volta por cima.


A Igreja precisa de homens como Ricardo Gondim, que não tem medo de dar a cara a tapa, que pregam uma verdade doída, mas real.


Que ensina ao invés de gritar, que faz refletir ao invés de cegar, que abre horizontes ao invés de tirá-los de seus seguidores.


Me lembra Lutero sendo chamado de herege pelo corrompida igreja católica.


Hoje, a corrompida igreja evangélica o chama de herege e amanhã ele será lembrado como reformista do cristianismo no Brasil.


Fica aqui minha gratidão a Deus pela vida de Gondim.


Como homem ele é corruptível, pecador. Mas tem dado o exemplo, com sua vida, de que você não precisa ser santarrão para ser um líder exemplo; basta ter um coração contrito a Deus e amor por ensinar a pensar. E como ele mesmo diz: “Viver não é para amadores“. Liderar igrejas também não.


Se você não o conhece visite seu site ricardogondim.com.br


Texto extraido do site:papo de teologo.gospelmais via blog Teologia Pura
Conheço o Pr. Ricardo Gondin desde a década de 90, acompanho seus textos, livros e pregações.
Aqui no blog tem vários textos dele para quem quiser conferir.
Ele sempre foi um voz profética em nosso país e como tal sofreu e sofre o estigma de quem se propõe a ser essa voz.
Minha oração é que ele continue a ser esse vaso, espalhando a mensagem de Graça do Evangelho de Jesus.
Quem quiser conferir um dos últimos textos dele recomendo Porque não desisto ( http://www.ricardogondim.com.br/Artigos/artigos.info.asp?tp=71&sg=0&id=1992 )
Como ele sempre diz - Soli Deo Gloria
Claudinho

01/11/2008

Socorro! Os Levitas Voltaram

Série de oito artigos de José Barbosa Junior - Socorro! Os Levitas Voltaram, publicadas no site Crer e Pensar.

Os levitas continuam se multiplicando e ensinando como se deve “adorar”, com choramelas nos louvores.

Minha opinião é que adoração é um estilo de vida, não uma canção ou um momento específico em que alguém “ministra o louvor”.

Por isso creio que devemos resgatar o louvor expontâneo, do coração que transcende um momento específico e que Jesus disse que procurava os verdadeiros adoradores (não somente os adoradores de Samaria ou Jerusalem) mas os que com seu coração e vida agradariam a Deus independente do local onde estivessem.


Para quem quiser conferir postei aqui no blog o link com uma entrevista que ele concedeu á rádio CBB que dura aprox. uma hora onde vários temas são tratados na sua ótica e compreensão do evangelho, entre eles – Evangelho na mídia, idolatria, conjuntura da igreja evangélica no Brasil, apropriação de elementos judaizantes no culto evangélico, louvor, graça e lei, modelos de crescimento da igreja, conteúdo das letras dos hinos evangélicos de hoje, o projeto de lei 122 (sobre homosexualismo ou homofobia) e política e religião entre outros.


http://sobrefeemaisumpouco.blogspot.com/2008/10/ol-amigos-e-irmos-de-caminhada-em.html


Boa leitura e ou audição

Claudinho



Como tirados de folhas amareladas pelo tempo, eles surgem para atrapalhar a já atrapalhada igreja evangélica de nossos dias. São os “levitas”, os grandes homens e mulheres que ministram louvor em várias igrejas pelo país.

Um pouquinho só de conhecimento bíblico já nos faz ver que por trás disso tudo há um grande equívoco. Um movimento re-judaizante, com fortes tendências neo-pentecostais traz em seu bojo, figuras como essa, tema de nosso breve comentário.

Há algum tempo, já vinha querendo escrever sobre isso, pois é uma área da vida da igreja com a qual trabalho há muito tempo (13 anos), e uma área que certamente precisa de um maior cuidado por parte dos líderes maiores (pastores), pois navega por mares nunca dantes navegados... e perigosos.

Quem se diz levita, não sabe o que está dizendo. Creio que o desejo de ser levita surge, antes de qualquer coisa, de uma vontade de possuir títulos nobres, o que é bem comum em nosso meio. Apóstolos, Bispas, Bispos, que assim se auto-denominam são comuns em nossos arraiais. Gente que carece de profundidade bíblica e de seriedade no modo de encarar a verdade revelada. Gente que fica buscando no Velho Testamento coisas que já foram abolidas há muito tempo, há pelo menos 2.000 anos.

Esse movimento de levitas é um caso clássico que vivenciamos em nosso tempo. Pessoas que mal chegam a estar na frente da igreja dirigindo cânticos, e já se sentindo “levitas”. Já tive problemas por causa disso... fui dizer que não éramos levitas... e foi terrível, e isso numa igreja histórica.

As pessoas precisam disso, afinal, ser levita é ser especial, ser diferente da simples massa mortal que assiste ao culto (isso mesmo!! As pessoas não participam, assistem ao culto). Ser levita é fazer parte daquele grupo seleto, pessoas que surgiram lá no Antigo Testamento, ficaram omissos por 2.000 anos e agora ressurgem assustadoramente. Pra gente assim, sugiro uma leitura rápida (nem precisa ser muito profunda) do livro de Hebreus. Se restar alguma dúvida, leia novamente... se ainda tiver alguma dúvida, sugiro que procure a Sinagoga mais perto de sua casa! Creio que deve se sentir bem lá!!

Nosso meio musical tem passado por momentos terríveis ultimamente... é uma enxurrada de coisas de baixa qualidade (que alguns insistem em chamar de música) que somos obrigados a ouvir tanto nas rádios que se dizem evangélicas, como nas igrejas. Há cânticos que não dizem absolutamente NADA!!! Cantamos porque o ritmo é gostoso, às vezes agitado, às vezes meloso, mas não dizem nada! Há cânticos até heréticos! A coisa é séria !!!

Que saudades de Sérgio Pimenta, Janires, Jairinho, etc... que pena nossa juventude não ouvir tanto Vencedores Por Cristo, Logos, etc. Gente comprometida não só com a qualidade da melodia, mas também com letras sadias, bíblicas, que nos fazem bem... E graças a Deus, surgem novos nomes comprometidos com esse trabalho sério: Gladir Cabral, Arlindo Lima... e outros continuam, como João Alexandre, Jorge Camargo, Guilherme Kerr, etc.

Engraçado é que nunca vi nenhum deles arrogando o título de “levitas”. Não precisam ! São sérios, comprometidos... não vivem atrás de títulos, nomes, caras e bocas...



Tenho medo de onde podemos parar com essas esquisitices que a cada dia surgem em nosso meio. Tenho medo que aqueles que são comprometidos com algo de mais conteúdo fiquem esquecidos, sendo trocados pelos “levitas” cheios de si e vazios de conteúdo e de mensagem. E tenho mais medo ainda, que com esse movimento re-judaizante, daqui a alguns dias eu seja obrigado a sair de casa para o culto levando não só a Bíblia, mas também um carneirinho para ser sacrificado no altar dos holocaustos...Que Deus tenha misericórdia...

Com amor....

José Barbosa Junior


Fonte Site Crer e Pensar


http://www.crerepensar.com.br/index.php?option=com_content&task=category&sectionid=1&id=1&Itemid=26

Socorro! Os Levitas Voltaram 2

Recebi vários e-mails comentando o meu primeiro texto sobre o assunto. Vários concordavam com o que dizia (70%), os outros não. Em respeito aos que discordaram é que me sinto na obrigação de esclarecer certas coisas, que para estes não ficaram bem claras. Sei que a destruição de ídolos é tarefa árdua, mas resolvi ousar, e tenho que arcar com as conseqüências de minha iconoclastia.

Quando refiro-me ao cântico “Cheiro das Águas”, em momento algum questiono a seriedade ou não do ministério de louvor da Igreja Batista da Lagoinha, tanto como a seriedade ou vida cristã daqueles que a lideram. Não conheço pessoalmente o trabalho desta igreja, mas ouço falar (é lógico!!) de sua grande obra não só em Minas, como no Brasil inteiro. Portanto, não é minha intenção denegrir o ministério desta igreja, pelo contrario, oro para que continue crescendo e tirando vidas da escravidão, como tem feito, mas também que tenha mais cuidado naquilo que ensina, e mais compromisso com a realidade do texto bíblico.

O que tento dizer no texto anterior, e que alguns não entenderam, é sobre a letra do cântico (poderia ter citado vários outros cânticos, não só da Lagoinha, mas citei o “Cheiro das Águas” por ainda estar em evidência) em comparação com o texto bíblico, quando este diz exatamente o contrário. O texto de Jó 14.7-12 diz que há esperança para a árvore, etc..., mas para o homem não, pois que uma vez cortado (morto), acabam-lhe as esperanças. O que ocorre aqui é mais um caso clássico de texto fora do contexto, de onde surgem as heresias.

Faltou ao compositor da melodia ler todo o texto e entender que o texto não fala de renovação de vidas, muito pelo contrário. E mais, o cântico diz que “ao cheiro das águas brotará...” , isso não faz nenhuma referência ao poder de Deus, ou à obra de Cristo em nossas vidas, ou será que se deve mais uma vez forçar o texto e dizer que o cheiro das águas é uma simbologia de Cristo ??? Francamente...

Quanto ao mais, só me resta orar, e pedir a Deus que esteja dando discernimento à sua Igreja no Brasil, que haja mais compromisso com a fidelidade ao Texto Sagrado, e assim experimentaremos um REAL avivamento, que só virá quando a Palavra de Deus tomar novamente o seu primeiro lugar.

Sola Fide, Sola Scriptura, Sola Gratia.
Soli Deo Gloria!!!
Com amor,
José Barbosa Junior


Fonte Site Crer e Pensar

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Socorro! Os Levitas Voltaram 3 – A Ameaça Fantasma

Os levitas continuam aprontando! Essa turma que anda por aí, “ministrando” o louvor em nossas igrejas (nem sei o que entendem sobre ministrar) representam, em grande parte, uma ameaça àquilo que poderíamos chamar de um “perfeito louvor”, chegando assim a um consenso em cantar com o espírito (em êxtase espiritual) e com a mente (com profundidade e conhecimento bíblico).

Por que a ameaça fantasma ??

O que me faz escrever este texto é algo que tem me preocupado demais em certos cânticos que vejo e ouço por aí: A verdadeira libertação que Cristo traz. Simplesmente porque alguns cânticos trazem uma idéia errônea de que crentes ainda precisam ser libertos,vivendo assim com uma ameaça fantasma, algo que simplesmente não existe! “Livra-me ó Deus, das cadeias que me prendem”... “liberta-me das minhas cadeias interiores”... “livra-me de minha prisão interior” e coisas desse tipo, repetidas como “ladainha” por nossos incautos “levitas” por aí... como a mais absoluta verdade bíblica e espiritual... ledo e perigoso engano...

O verdadeiro cristão, salvo pela GRAÇA (como essa doutrina tem sido tão falada e tão esquecida) jamais poderá estar sob servidão espiritual. Alguns pastores desses movimentos que surgem a cada dia defendem essa idéia, a de que crentes em Jesus, mesmo depois de salvos ainda precisam libertar-se espiritualmente de várias cadeias... misericórdia!!!

Um pouquinho só de conhecimento bíblico bastaria... gente assim valoriza mais a experiência do que a Palavra... e isso sempre será mau!! Baseado nisso é que vemos cultos para a “libertação” de crentes... gente querendo que cristãos manifestem demônios que ainda controlam suas vidas... uma afronta à verdadeira libertação que Cristo traz.

Tenho visto pessoas em nossas igrejas, iludidas por pastores desconhecedores da Palavra sendo obrigadas a “regressões” e tudo mais para se verem livres de demônios alojados ainda em sua alma ou no seu corpo para então (muito depois da conversão) experimentarem a verdadeira liberdade em Cristo. Ora, o que precisa haver é um discernimento entre as obras da carne, que ainda temos, e o que é realmente cadeia espiritual. O crente ainda peca, pois está na carne, e a carne milita com o espírito, mas de forma alguma encontra-se em uma espécie de prisão espiritual. Cristo nos liberta, e “se pois o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livre...”(João 8.36). Ora quem ainda precisa de libertação, ainda não conheceu o Filho!!

E mais, por mais que pequemos, não estamos sob o domínio do pecado, de jeito algum. “De sorte que já não és escravo, porém filho...” (Gálatas 4.6) e ainda “Porque o pecado não terá domínio sobre vós; pois não estais debaixo da lei, e sim da graça.”... e mais... “...uma vez libertados do pecado, fostes feitos servos da justiça...” (Rom 6.14,18). Ora, querer submeter aqueles que já experimentaram a salvação e a verdadeira libertação em Cristo à novas prisões é covardia, é falta de conhecimento da Palavra e da libertação que há em Jesus. É supervalorizar experiências estranhas que andam por aí em detrimento daquilo que a Bíblia declara cabalmente.

Em nenhum lugar,a Bíblia fala de expulsar demônios de crentes ou em libertação pós-conversão legítima. Deus deixa claro em sua Palavra que a chave para a vitória espiritual do cristão não é libertação, mas resistência. “Resisti ao diabo...” ... “Resisti-lhe firmes na fé...”. Não há a mínima possibilidade do crente ser, ao menos, tocado pelo diabo, senão vejamos: “Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não vive em pecado; antes Aquele(Jesus) que nasceu de Deus o guarda, e o maligno não lhe toca.” (I João 5.18) Ora, se o maligno não pode, sequer, tocar-nos, quanto mais estar nos submetendo à escravidão espiritual, e dentro de nós!!

Portanto... termino deixando um texto clássico... “Amados, não deis crédito a qualquer espírito; antes, provai os espíritos se procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo afora...” “Filhinhos, vós sois de Deus e tendes vencido os falsos profetas, porque MAIOR É O AQUELE QUE ESTÁ EM VÓS DO QUE AQUELE QUE ESTÁ NO MUNDO” (I João 4.1,4).

Felizes então, e conscientes de que não há cadeia nenhuma que ainda possa prender um verdadeiro salvo por Jesus, prossigamos em nossa caminhada, cantando a liberdade, vivendo a liberdade, e anunciando a todo mundo que em Jesus Cristo houve, há e sempre haverá a mais maravilhosa das dádivas de Deus: Verdadeira libertação!!!

Com carinho,

José Barbosa Junior



Fonte Site Crer e Pensar

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Socorro! Os Levitas Voltaram 4 – O Ataque dos Clones

Há muito tempo atrás escrevi um artigo denominado “Não Penso, Logo Copio”, que versava sobre a falta de criatividade no meio evangélico. Essa falta de criatividade é notória há muito tempo. Temos os clones do Roberto Carlos, Legião Urbana, uma tentativa mal versada de Xuxa, Roupa Nova, etc... ídolos externos que, por uma idéia errônea de que crentes não ouvem coisas “do mundo” (como se fossemos moradores de Marte) fazia com que os menos esclarecidos buscassem seus respectivos correspondentes no meio gospel, ou seja, como é “pecado” ouvir Roberto Carlos (mau gosto pode até ser), ouve-se J. Neto; como é “pecado” ouvir Legião Urbana, ouve-se Catedral; como é “pecado” ouvir Roupa Nova, ouve-se Novo Som; como é “pecado” ver o programa da Xuxa, a gente vê o programa da sua súdita (ela que chamou a Xuxa de minha rainha) mais famosa no meio Gospel, cantando: “A de Aline, A de alegria...” é... A de alienação!!!

Porém o pior ataque está vindo agora...é um ataque de clones internos... cópias mal feitas que invadem nossas igrejas e nos obrigam a assistirmos passivos, como crianças que são obrigadas a comer aquelas “deliciosas” papinhas, os vários clones da Igreja Batista da Lagoinha. A multiplicação de Anas Paulas Valadões chegam a me dar arrepios.

Um esclarecimento: não critico o ministério da Lagoinha, nem a Ana Paula Valadão, são os originais!! (nem tanto, pois copiam os modelos da Hosanna Music).

O problema é que quando chegamos em algumas igrejas (graças a Deus não são todas) parece que entramos numa franquia da Lagoinha, uma espécie de McDonalds espiritual, onde os sanduíches são os mesmos em qualquer “loja”que se entre.

Algumas músicas são boas, outras nem tanto (carecem de respaldo bíblico). Nada contra cantarmos uma ou outra música da Lagoinha, afinal são feitas pra isso mesmo, pra serem cantadas em enlevo espiritual, até aí nada demais.... o problema não está na fonte, mas na recepção...

Há gente por aí distribuindo até a “unção da Ana Paula Valadão” (e eu to falando sério, não é brincadeira não!!!). Há pessoas que quando “ministram” o louvor imitam até os Uhhh, Ahhhh, da Ana Paula nos CDs, gente sem criatividade nenhuma, medíocres em suas “ministrações”... transformando-nos em ouvintes da nova geração da Igreja da “Ladainha”, lembrando-nos de rezas católicas, repetidas sem qualquer noção daquilo que é falado.

Deus é Deus criativo... criou o mundo do nada... deu-nos essa criatividade, essa coisa que nos é peculiar, somos diferentes um dos outros... celebremos essa diferença... sejamos diferentes, sejamos criativos, ministremos segundo aquilo que Deus nos dá individualmente, segundo a criatividade da qual ele nos enche... criemos cânticos, celebremos ao Deus que se revela individualmente de forma nova, afinal, nascemos de novo!!! Somos novas criaturas, e Deus nos vai moldando a cada dia... suas misericórdias se renovam todas as manhãs... só nossos clones é que não!!!

Celebremos a criatividade!! Celebremos o novo!!! Celebremos ao Deus da novidade!! Como Paulo diz... em novidade de vida!!!

Sejamos criativos!! Sejamos autênticos!! Comemoremos o fato de sermos únicos, como nossas impressões digitais... festejemos nossa capacidade criadora e criativa que nos é dada pelas mãos daquele que é Senhor de todos e de tudo!! Celebremos o Deus da Igreja Batista da Lagoinha, da Igreja Presbiteriana, Metodista..e tantas outras...mas celebremos sendo nós mesmos... e Deus com certeza se alegrará ao ver sua criação, fruto de sua criatividade, usando tudo aquilo que ele nos deu!!

Sejamos assim... pra honra e glória de nosso criativo Deus!!!

Com muito carinho... e desejo de criatividade!!

José Barbosa Junior



Fonte Site Crer e Pensar

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Socorro! Os Levitas Voltaram 5 - Mãos ao Alto! Isto é um Assalto!

Adoro música! Isso todo mundo sabe. Gosto demais de MPB... Chico, Caetano, Oswaldo Montenegro, Ivan Lins, Djavan... isso quase todos sabem. Gosto demais também da boa música evangélica... João Alexandre, Guilherme Kerr, Sérgio Pimenta (ai, que saudade!), Arlindo Lima, Jorge Camargo... isso muitos sabem. Gosto muito de cânticos espirituais que me enlevam, que têm boa letra (e são muitos... só não são tão cantados)... isso também muitos sabem. Gosto de momentos de louvor carismáticos, envolventes, gosto de levantar as mãos, “dançar”, fechar os olhos, abrir os olhos... isso alguns sabem. Mas ODEIO que me mandem fazer essas coisas nesses momentos de louvor... isso vocês vão saber agora!! hehe

Muitas de nossas igrejas não têm ministros de louvor, têm animadores de auditório. “Levante suas mãos”, “feche seus olhos”, “diga para o irmão que está ao seu lado: Jesus te ama!”, “faça isso”, “faça aquilo”... e lá ficam eles... os levitas... mandando e desmandando no auditório, achando que isso é ministrar o louvor... Muitas de nossas reuniões me lembram um antigo comercial de cerveja, em que o animador falava: “agora, só os homens... agora, só as mulheres... agora, só os baixinhos...”

O louvor, ainda que manifestação do coletivo quando na reunião dos salvos, é algo extremamente pessoal. Cada pessoa tem seu jeito, seu “estilo”, mas nós queremos a uniformidade de gestos, atos e palavras... verdadeiros robôs levíticos, porque na verdade desconhecemos a profundidade do louvor e da sua força naquele que louva, seja de que jeito for. Ora, eu mesmo, que gosto de um louvor mais “carismático”, às vezes quero um momento mais meu, mais tranqüilo...e ainda que o cântico seja agitado, nem sempre quero bater palmas, ou levantar as mãos... isso é de cada pessoa... e não devemos julgar quem levanta ou quem não levanta as mãos, porque isso não foi, não é e nunca será parâmetro para a espiritualidade pessoal.

Falta aos “levitas” uma percepção maior daquilo que realmente estão fazendo. Muitas vezes nos sentimos como num assalto: “Mãos ao alto!!” ... e ai de você se não levantar as mãos... o irmãozinho do lado já olha de cara feia: “ih! Esse cara deve estar em pecado”... o “levita” despeja umas gracinhas: “tem gente que não ta levantando a mão... ta cansado... ta derrotado...” francamente...

Digo que é um assalto, pois nos rouba a individualidade do louvor, nos rouba a comunhão íntima pessoal que se desenvolve nesse momento mágico do culto... o momento em que nos rendemos inteiramente na presença daquele que é transcendente, mas imanente... eterno, mas se faz presente no tempo e no espaço... essencialmente Santo, mas se deixa adorar por indignos pecadores...

Ainda há aqueles “benditos” cânticos que pedem uma “resposta” da “platéia”. O “levita” puxa a música: “Aquele que está feliz diga amém!!” e a platéia ensandecida grita “Améééém!” e o indivíduo que naquele dia saiu de casa triste porque perdeu seu emprego, porque descobriu uma doença, porque viu ruir seu casamento, porque descobriu que seu melhor amigo lhe traiu, enfim por qualquer motivo que nos faça tristes (afinal ainda somos humanos) se vê num dilema terrível: ou ele grita “amééém!” e mente diante daquele a quem se deve adorar não só em espírito, mas em VERDADE, ou não grita nada e sai de lá com dois problemas, o que ele já trazia de casa e agora a terrível sensação de que é o único naquele lugar que não está “ligado” com o Senhor. Como se esquecêssemos que o próprio Mestre chegou a declarar em um momento que sua alma estava “angustiada até a morte”, e garanto que nesse momento ele (Jesus) não responderia “amééém!” aos convites loucos e irresponsáveis dos “levitas” de hoje.

Creio que o louvor deve ser visto com mais cuidado pelos pastores e líderes. Já tenho dito isto em vários textos... nossas igrejas caminham por mares perigosos na área musical... heresias, desvios bíblicos, sutilmente vão se alastrando sem que percebamos, e minha preocupação é que quando venhamos a perceber essas coisas seja tarde demais, pois essa cultura já está enraizada em muita gente... e a cada dia novas aberrações surgem, como hoje podemos perceber em algumas igrejas... em algumas reuniões o momento máximo do louvor é quando se toca o shophar, instrumento feito com um chifre de carneiro, que segundo os seus “usuários” tem poderes nas regiões celestiais... mas isso é assunto para um outro artigo.

Por enquanto, vou ficando por aqui, só querendo ter liberdade para adorar, respeitando e sendo respeitado, certo de que não é pelo gesto, nem pelo jeito que meu louvor será aceito ou não, mas se ele parte de um coração limpo, de lábios que confessam o senhorio de Cristo, de uma vida que nasceu de novo e que adora e vive em novidade de vida, e que não tenha mais que ouvir (em outras palavras, é claro): “Mãos ao alto! Isto é um assalto! Adore ao Senhor!”

Que Deus nos abençoe,

José Barbosa Junior


Fonte Site Crer e Pensar

http://www.crerepensar.com.br/index.php?option=com_content&task=category&sectionid=1&id=1&Itemid=26

Socorro! Os Levitas Voltaram 6 - Toque o Berrante, seu Moço

"Toda vez que eu viajava pela estrada de Ouro Fino de longe eu avistava a figura de um menino,que corria a abrir a porteira e depois vinha me pedindo,toque o berrante seu moço, que é pra eu ficar ouvindo."

Os versos dessa canção, imortalizada na voz de Sérgio Reis, bem que poderiam servir em muitos de nossos cultos.

Hoje, em muitas de nossas igrejas o momento alto do culto, do louvor, ou seja lá do que chamarem a reunião, é o momento em que alguém toca o berrante, ou shophar, pra usar uma linguagem bíblico-judaica.

O shophar nada mais é que um berrante, feito com chifres de carneiros, instrumento muito utilizado pelos judeus e por isso mesmo (como tinha de acontecer, é claro!), revivido em nossos dias pelos levitas, cantores-líderes-de-louvor-ministradores que grassam em nosso meio, continuando a fazer estragos na simplicidade do evangelho de Cristo.

Qual o problema de se tocar um instrumento judaico em nossos cultos? Nenhum. Desde que seja apenas mais um instrumento, que sirva para harmonizar ou então enriquecer a música que se canta em apresentação ao nosso Grande Deus.

É aqui que surge o problema. O shophar não é apenas um instrumento, ele é O instrumento. Desenvolveu-se em nosso meio uma espécie de "teologia" para o uso do shophar e isso é problemático porque essas "teologias" são feitas por pessoas sem base bíblica alguma e que baseiam suas principais doutrinas naquilo que "sentem", ou que "recebem" através de uma "revelação especial".

O shophar, segundo algumas dessas teologias é um instrumento espiritual, que ao ser tocado invalida os poderes dos demônios nas regiões celestiais. O shophar, para alguns, é a própria voz de Deus na terra. Ora, isso é no mínimo, ridículo!!

Hoje, qualquer grande evento dos levitas re-judaizantes tem que ter o toque do shophar, senão não é abençoado, não está sob "unção" (Ô palavrinha mal usada nos nossos dias). O shophar virou a "galinha dos ovos de ouro" dos levitas. Todos querem toca-lo, todos querem o poder e a unção que vem dele.

"Grandes nomes" da música evangélica estão difundindo a cultura do shophar em nossas igrejas; Sóstenes Mendes já chegou a escrever que o Shophar faz os poderes celestiais tremerem; Mike Shea, o apóstolo do louvor ( no pavoroso ministério quíntuplo apostólico que Deus "enviou" ao Brasil) tem tocado o shophar em vários eventos, inclusive no maior já realizado no país, na gravação do último CD da Igreja Batista da Lagoinha. Em outro CD, o shophar foi tocado por um "espírito" que uns dizem ser de Deus. Isso mesmo!! O som divino do shophar "apareceu" do nada na gravação, o que mereceu, nas notas técnicas do CD a seguinte declaração quanto a quem tocou os instrumentos: Shophar - ? . Não é brincadeira!! Isso está acontecendo em nosso meio.

Creio que há um paralelo entre aqueles que vão pra igreja ouvir o toque do shophar com aqueles católicos que invadem as igrejas em busca de ver imagens chorando, ou sangrando. O princípio é o mesmo: idolatria! O instrumento é que é santo para essas pessoas.

Quanto ao toque do shophar... é um toque bonito. Nada contra. Mas que seja apenas mais um instrumento em meio a tantos outros, como o violão, o teclado, a bateria... pois o que faz realmente a diferença não é o instrumento em si, mas quem o toca. Desde que haja consagração, vida cristã no altar de Deus, coração aquecido, posso até tocar "caixinha de fósforo" e creio que isso chegará ao céu como cheiro suave, oferta viva Àquele que é digno de receber o melhor dos nossos corações.

Toque o berrante, seu moço! Mas toque também a bateria, o violão, o contra-baixo. Louvai ao Senhor com todos os instrumentos! Louvai-o principalmente, com santidade de vida, como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus... nosso culto racional!

Que Deus nos dê graça,


José Barbosa Junior


Fonte Site Crer e Pensar


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Socorro! Os Levitas Voltaram 7 - Minha Eguinha Pocotó

Quando o bonde do tigrão invadiu o Brasil eu imaginei que tínhamos chegado ao fundo do poço musical, mas não! Estávamos apenas começando a entrar no poço. A galope, eis que chegou pra infernizar (acho que é o verbo mais correto) a nossa vida musical a égüinha pocotó, que bem poderia ser cantada somente pra filhinha e pra vovó. Mas, como brasileiro adora se meter em "coisas de família", acabou sobrando pra nós, que não fazemos parte da família do MC (Melhor Calado) Serginho.

Mas... o que isso tem a ver com os "levitas" ?

As características mais marcantes da "música" (acho que estou cometendo um sacrilégio) da égüinha são, sem dúvida alguma, a pobreza de letra (além do péssimo português) e a repetição exaustiva de um refrão que faz nossa cabeça trotar, ao som do pocotó pocotó pocotó...

É aqui que a égüinha pocotó parece galopar em nosso meio, pois temos sido submetidos a uma enxurrada de cânticos que carecem de letras boas, que sacrificam a nossa já sacrificada língua portuguesa, além de estarmos sendo submetidos a uma nova safra de cânticos que abusa das repetições, tornando-se uma espécie de mantra evangélico, onde pelo muito repetir, experimentamos uma espécie de "nirvana" celestial.

A pobreza das letras já tem sido assunto de outros textos, mas é sempre importante falar sobre isso. Creio ser importante pois quando cantamos estamos "ensinando" algo para a igreja. Os membros de nossas igrejas quando cantam algo cantam como se aquilo fosse uma verdade bíblica, ou pelo menos algo vindo de Deus.

Quando fazemos com que o que é cantado seja de baixa qualidade, estamos fazendo com que o conhecimento musical-teológico-bíblico do povo seja baixo e, conseqüentemente, seu louvor seja de baixa qualidade. Não estou aqui me referindo à espiritualidade do povo, isso é uma coisa entre a pessoa e Deus, e quem sou eu para questionar isso, mas quero deixar claro que penso que quanto mais pobre for o ensino dado à pessoa (seja através de música ou pregação), mais pobre será seu raciocínio bíblico.

Há músicas em nosso meio (assim como a da égüinha) que não dizem absolutamente nada! São boas de ritmo, mexem com as emoções, promovem coreografias, mas são quase nulas (ou totalmente) de conteúdo. Isso é perigoso porque leva o povo a uma espécie de repetição de palavras somente sem que aquilo lhe diga algo ao coração. Pergunta-se: "o que quer dizer tal cântico?" e a resposta é que não se sabe, mas que é gostoso cantá-lo.

Quanto às repetições, nosso meio evangélico está sendo invadido por músicas que mais parecem mantras orientais. Recentemente ouvi um CD onde havia uma música em que apenas quatro versos se repetiam por mais de 16 minutos. Outras músicas do mesmo CD seguiam o mesmo estilo. Onde vamos parar? Em catarses coletivas?

Outra forma (ainda que mais "leve", mas não menos perigosa) dessa onda de repetições se revela nos encontros onde a mesma música é tocada diversas vezes. Qualquer um com um conhecimento superficial de psicologia sabe que isso exerce uma influência na mente do indivíduo, ainda mais quando a música é executada em volumes altíssimos. Aquilo leva o povo a uma espécie de êxtase coletivo, e torna-se fácil a manipulação de qualquer auditório para qualquer coisa que o líder queira realizar, seja o revelar de novas "unções" como o "cair no espírito" e coisas afins...

Precisamos ter sempre em mente as palavras de Paulo: "cantarei com o espírito, mas também cantarei com o entendimento". Louvor e conhecimento bíblico, entendimento das verdades bíblicas e entendimento das realidades humanas devem caminhar de mãos dadas, assim estaremos sempre oferecendo a Deus o nosso melhor.. o nosso "culto racional".

Que Deus nos livre de um louvor inconsistente e inconsciente, que se deixa levar apenas pelo ritmo ou pelo "pocotear" de frases sem sentido.

José Barbosa Junior



Fonte Site Crer e Pensar

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Socorro! Os Levitas Voltaram 8 - A Volta dos que Não Foram

Havia um homem, na terra de Uz, chamado Jó. Homem fiel e temente a Deus, íntegro em todos os seus caminhos...

Um belo dia (belo pra quem conta a história, nunca pra quem a vive), Jó recebe uma notícia, uma não... várias... ele perdera tudo, todos os seus bens e o pior, todos os seus filhos. Amargurado, triste, arrasado (imaginem um pai perder num só dia seus dez filhos), impregnado pela dureza que a vida lhe impusera naquele momento, Jó ergue-se do chão, levanta a voz e canta ao Senhor:
" - Restitui... eu quero de volta o que é meu!!"

Você e eu sabemos que não foi isso o que aconteceu, mas é sobre isso que eu quero falar... sobre essa onda de "restituição" que mais uma vez é trazida pelos "levitas" que nunca levitaram, nem levitarão, mas causam sempre grande confusão em nosso meio já tão confuso.

Vivemos pela graça. Graça foi, é e sempre será favor imerecido. TUDO o que recebemos das mãos de Deus é graça. Não temos direito a nada. Quando a Bíblia fala de sermos co-herdeiros com Cristo não está falando de coisas deste mundo, mas da glória que em nós há de ser revelada no dia de Cristo Jesus. Jó parecia entender isso desde o Antigo Testamento, ou seja, no início de tudo (segundo alguns estudiosos Jó é o livro mais antigo da Bíblia) já havia a noção da graça, que hoje tenta ser anulada pelos apaixonados extravagantes re-judaizantes.

A idéia de termos “direitos” diante de Deus é egoísta, hedonista e humanista. O pior de tudo isso é que os defensores das idéias restitucionais ( que são os mesmos que reinvindicam, tomam posse, conquistam cidades profeticamente, etc...) dizem que os anos que nos foram roubados pelo INIMIGO, as coisas que nos foram tiradas pelo INIMIGO, os estragos feitos pelo INIMIGO vão ser restituídos pelas mãos de Deus, e utilizam-se de textos bíblicos sem o menor fundamento. Senão vejamos: o texto bíblico mais utilizado para defender a idéia de restituição é Joel 2.25 (“Restituir-vos-ei os anos que foram consumidos pelo gafanhoto migrador, pelo destruidor e pelo cortador, o MEU grande exército que EU ENVIEI contra vós outros”).

Entenderam ? Não foi o diabo que fez o estrago da vida de Israel. Foi Deus mesmo quem mandou os gafanhotos e só ELE é capaz de restituir o que ELE mesmo tirou. E mais... ele o faz porque quer e não por obrigação nenhuma. Às vezes é o próprio Deus quem nos tira tudo para aprendermos lições que nos servirão por toda a vida. Portanto, tenhamos o maior cuidado ao estarmos atribuindo ao diabo uma obra de Deus.

Fora isso, a idéia de restituição como direito (eu quero de volta o que é MEU) anula a graça. O que é a graça, senão recebermos de Deus tudo aquilo que não merecemos, que não nos pertence e que nos é dado gratuitamente por aquele que é Senhor de tudo e de todos ? Quando eu acho que sou dono das minhas coisas e que tenho "direito" sobre elas, automaticamente excluo o verdadeiro dono. Ninguém pode servir a dois senhores. Ou Deus é o dono de minha vida e por conseqüência dono de tudo o que me é dado, ou EU sou o dono de tudo e aí sim, sirvo a mim mesmo, tendo direitos exclusivos sobre aquilo que é “meu”.

Mas e os estragos feitos em nossa vida realmente pelo inimigo ? Deus não restitui ? Sinceramente, creio que não!! Deus faz tudo novo!! Ele não está disposto a remendar vidas, ele as faz novamente. Não recebemos uma “lanternagem espiritual” nova, recebemos nova natureza. O que o diabo fez no passado... fica no passado... “eis que faço NOVAS todas as coisas”, pois quem está em Cristo, “NOVA criatura é, as coisas VELHAS, já PASSARAM, eis que tudo se faz NOVO”. Lembro-me do vaso nas mãos do oleiro. Ele não remendou o vaso, não colou com super-bonder ou durepox. Ele quebrou e tornou a fazer de novo...

Não há restituição, há nova vida, tudo NOVO. Não há remendos feitos por Deus, há cura integral e perdão total. Há novo nascimento, novidade de vida.

Quando entendemos isso, entendemos até as perdas que temos que enfrentar, sabedores de que Deus é soberano sobre nossas vidas e é ele quem nos dá o que quiser, a hora que quiser, para cumprir o seu propósito. Quando percebermos essa verdade, e só então, poderemos dizer como Jó: “O SENHOR deu e o SENHOR tomou; bendito seja o nome do SENHOR!”

NEle, que faz tudo novo,

José Barbosa Junior


Fonte Site Crer e Pensar

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28/10/2008

SOBRE LEVITAS...

SOBRE LEVITAS, APÓSTOLOS E OUTROS MODISMOS: DESABAFO DE UM PROFESSOR DE TEOLOGIA

Carlos Eduardo Calvani*




Sou um professor de Teologia em crise. Não com minha fé ou com minhas convicções, mas com a dificuldade que eu e outros colegas enfrentamos nos últimos anos diante dos novos seminaristas enviados para as faculdades de teologia evangélica.

Tenho trabalhado como Professor em Seminários Evangélicos presbiterianos, batistas, da Assembléia de Deus e interdenominacionais desde 1991 e, tristemente, observo que nunca houve safras tão fracas de vocacionados como nos últimos três anos. No início de meu ministério docente, recordo-me que os alunos chegavam aos seminários bastante preparados biblicamente, com uma visão teológica razoavelmente ampla, com conhecimentos mínimos de história do cristianismo e com uma sede intelectual muito grande por penetrar no fascinante mundo da teologia cristã.

Ultimamente, porém, aqueles que se matriculam em Seminários refletem a pobreza e mediocridade teológica que tomaram conta de nossas igrejas evangélicas. Sempre pergunto aos calouros a respeito de suas convicções em relação ao chamado e à vocação. Pois outro dia, um calouro saiu-se com a brilhante resposta: "não passei em nenhum vestibular e comecei a sentir que Deus impedira meu acesso à universidade a fim de que eu me dedicasse ao ministério". Trata-se do mais típico caso de "certeza da vocação" adquirida na ignorância. E, invariavelmente, esses são os alunos que mais transpiram preguiça intelectual.

A grande maioria dos novos vocacionados chega aos Seminários influenciada pelos modismos que grassam no mundo evangélico.


Alguns se autodenominam "levitas".

Outros, dizem que estão ali porque são vocacionados a serem "apóstolos".

Ultimamente qualquer pessoa que canta ou toca algum instrumento na igreja, se auto-denomina "levita". Tento fazê-los compreender que os levitas, na antiga aliança, não apenas cantavam e tocavam instrumentos no Templo, como também cuidavam da higiene e limpeza do altar dos sacrifícios (afinal, muito sangue era derramado várias vezes por dia), além de constituírem até mesmo uma espécie de "força policial" para manter a ordem nas celebrações.

Porém, hoje em dia, para os "novos levitas" basta saber tocar três acordes e fazer algumas coreografias aeróbicas durante o louvor para se sentirem com autoridade até mesmo para mudar a ordem dos cultos. Outros há, que se auto-intitulam "apóstolos". Dentro de alguns dias teremos também "anjos", "arcanjos", "querubins" e "serafins".

No dia em que inventarem o ministério de "semi-deus" já não precisaremos mais sequer da Bíblia.

Nunca pensei que fosse escrever isso, pois as pessoas que me conhecem geralmente me chamam de "progressista". Entretanto, ultimamente, ando é muito conservador. Na verdade, "saudosista" ou "nostálgico" seriam expressões melhores.

Tenho saudades de um tempo em que havia um encadeamento lógico nos cultos evangélicos, em que os cânticos e hinos estavam distribuídos equilibradamente na ordem do culto. Atualmente os chamados "momentos de louvor" mais se assemelham a show ensurdecedores ou de um sentimentalismo meloso. Pior: sobrepujam em tempo e importância a centralidade da Palavra e da Ceia nas Igrejas Protestantes.

Muitas pessoas vão à Igreja muito mais por causa do "louvor" do que para ouvir a Palavra que regenera, orienta e exige de nós obediência.

Dias atrás, na semana da Páscoa comentei com um grupo de alunos a respeito da liturgia das "sete palavras da cruz" que seria celebrada em minha Igreja na 6a feira da paixão. Alguns manifestaram desejo de participar. Eu os avisei então que se tratava de uma liturgia que dura, em média, uma hora e meia, durante a qual não é cantado nenhum hino (pelo menos na tradição de minha Igreja - Anglicana), mas onde lemos as Escrituras, oramos e meditamos nas sete palavras pronunciadas por Cristo durante a crucificação. Ao saberem disso, um deles disse: "se não houver música, não há culto".

Creio que, em parte, isso é reflexo da cultura pop, da influência da "Geração MTV", incapaz de perceber que Deus pode ser encontrado também na contemplação, meditação e no silêncio. Percebo também que alguns colegas pastores de outras igrejas freqüentemente manifestam a sensação de sentirem-se tolhidos e pressionados pelos diversos grupos de louvor.

O mercado gospel cresceu muito em nosso país e, além de enriquecer os "artistas" e insuflar seus egos, passou a determinar até mesmo a "identidade" das igrejas evangélicas. Houve tempo em que um presbiteriano ou um batista sabiam dar razão de suas crenças. Atualmente, tudo parece estar se diluindo numa massa disforme. Trata-se da "xuxização" ("todo mundo batendo palma agora... todo mundo tá feliz ? tá feliz!") do mundo evangélico, liderada pelos "levitas" que aprisionam ideologicamente os ministros da Palavra.

O apóstolo Paulo dizia que a Palavra não está aprisionada. Mas, em nossos dias, os ministros da Palavra, estão - cativos da cultura gospel. Tenho a impressão de que isso tudo é, em parte, reflexo de um antigo problema: o relacionamento do mundo evangélico com a cultura chamada "secular". Amedrontados com as muitas opções que o "mundo" oferece, os pais preferem ter os filhos constantemente sob a mira dos olhos aos domingos, ainda que isso implique em modificar a identidade das Igrejas. E os pastores, reféns que são dos dízimos de onde retiram seus salários, rendem-se às conveniências, no estilo dos sacerdotes do Antigo Testamento.

Um aluno disse-me que, no dia em que os evangélicos tomarem o poder no Brasil acabarão com o carnaval, as "folias de rei", os cinemas, bares, danceterias etc. Assusta-me o fato de que o desenvolvimento dessa sub-cultura "gospel" torne o mundo evangélico tão guetizado que, se um dia, realmente os evangélicos tomarem o poder na sociedade, venham a desenvolver uma espécie de "Talibã evangélico". Tal como as estátuas do Buda no Afeganistão, o "Cristo Redentor" estará com os dias contados. Esses jovens que passam o dia ouvindo rádios gospel e lendo textos de duvidosa qualidade teológica, de repente vêm nos Seminários uma grande oportunidade de ascensão profissional e buscam em massa os seminários.

Nunca houve tanta afluência de jovens nos seminários como nos últimos anos. Em um seminário em que trabalhei (de outra denominação), os colegas diziam que a Igreja, em breve teria problemas, pois o crescimento da Igreja não era proporcional ao número de jovens que todos os anos saíam dos Seminários como bacharéis em teologia, aptos para o exercício do ministério. A preocupação dos colegas era: onde colocar todos esses novos pastores? Na minha ingenuidade, sugeri que seria uma grande oportunidade missionária: enviá-los para iniciarem novas comunidades em zonas rurais e na periferia das cidades. Foi então que um colega, bastante sábio, retrucou: "Eles não querem. Recusam-se! Querem as Igrejas grandes, já formadas e estabelecidas, sem problemas financeiros".

De fato, percebi que alguns realmente se mostravam decepcionados ao saberem que teriam que começar seu ministério em um lugar pequeno, numa comunidade pobre, fazendo cultos nos lares, cantando às vezes "à capella" e sem o apoio dos amplificadores e mesas-de-som.

Na maioria dos Seminários hoje, os alunos sabem o nome de todas as bandas gospel, mas não sabem quem foi Wesley, Lutero ou Calvino. Talvez até já tenham ouvido falar desses nomes, mas são para eles, como que personagens de um passado sem-importância e sobre o qual não vale a pena ler ou estudar. Talvez por isso eu e outros colegas professores nos sintamos hoje em dia como que "falando para as paredes". Nem dá gosto mais preparar uma aula decente, pois na maioria das vezes temos sempre que "voltar aos rudimentos da fé" e dar aos vocacionados o leite que não recebem nas Igrejas. Várias vezes me vi tendo que mudar o rumo das aulas preparadas para falar de assuntos que antes discutíamos nas Escolas Dominicais. Não sei se isso acontece em todos os Seminários, mas em muitos lugares, o conteúdo e a profundidade dos temas discutidos pouco difere das aulas que ministrávamos na Escola Dominical para neófitos.

Sei que muitos que lerem esse desabafo, não concordarão em nada com o que eu disse. Mas não é a esses que me dirijo, e sim aos saudosistas como eu, nostálgicos de um tempo em que o cristianismo evangélico no Brasil era realmente referencial de uma religiosidade saudável, equilibrada e madura e em que a Palavra lida e proclamada valia muito mais que o último CD da moda.

· Coordenador do Centro de Estudos Anglicanos (CEA).
· Fonte site Caio Fábio

27/10/2008

O que é unção?

E vós possuís unção que vem do Santo e todos tendes conhecimento. 1 João 2:20

Tenho pensado muito sobre os clichês que ouço da boca de irmãos, seja em palavras ou canções e quero me deter na palavra unção que está na moda. Noto que dificilmente alguém profere uma oração ou canção sem mencioná-la. Há também os que pedem uma “Nova unção”, mas afinal o que é unção? Sem querer encerrar o assunto com este pequeno texto, mas tão somente compartilhar minha compreensão sobre o tema e se possível contribuir com o crescimento do Corpo Vivo de Cristo faço essa reflexão.

A unção no Antigo Testamento tinha o objetivo de separar ou consagrar algo ou alguém para a santificação e o serviço exclusivo de Deus, geralmente no templo.
No Novo Testamento todo aquele que é nascido de novo é santificado por Cristo é uma nova criatura. O Emanuel “Deus Conosco” (não é Deus longe de nós ou só para alguns) passa a habitar num templo humano onde o Espírito Santo faz a morada neste templo. Sendo assim a unção é o próprio Espírito que habita e santifica a pessoa regenerada em Cristo.

Esta unção (o Espírito Santo) capacita o salvo em Cristo para servi-lo “mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas”...At 1.8, ou seja, não é algo para classificar as pessoas entre ungidos e não ungidos os que têm “mais poder ou menos poder”, ou para criar qualquer categoria no Corpo de Cristo. A função do Espírito Santo é capacitar-nos para o serviço e testemunho d’Ele entre os homens.

Não encontro nas Escrituras base para uma “nova unção”, pois um só é o Espírito que atua entre nós “Quanto a vós outros, a unção que dele recebestes permanece em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas, como a sua unção vos ensina a respeito de todas as coisas, e é verdadeira, e não é falsa, permanecei nele, como também ela vos ensinou”. 1 João 2:27 . Se a unção permanece não é necessária que seja trocada por um nova, (ou será que alguém quer outro espírito que não seja o Consolador?) bem como é questionável as modernas denominações das unções como a unção do riso, dos seres viventes, do leão, unção em spray para sentir o aroma da unção, unção do cachorro, unção dos nobres, transferência de unção, conquista, ousadia, Elias e outras mais que demonstram para qualquer pessoa com o mínimo de inteligência (produto em falta nos “ungidos”) que é mais um modismo reforçado pela mídia gospel e pelos “profetas e levitas” de plantão, que mais parecem camelôs do Templo vendendo bênçãos piratas e baratas.




Se fosse possível mensurar quantas “declarações e profetadas” são distribuídas nos templos evangélicos e encontros de louvor, dizendo que em “Porto Alegre” (ou qualquer cidade que seja) se levantaria uma nova geração, ou que uma unção está sendo derramada sobre este povo ou cidade ou que esta ou aquela cidade pertence ao Senhor Jesus – Declare isso povo de Deus... ditas por pseudos ungidos, estaríamos de fato morando em um país sem injustiça social, sem corrupção, com índices mínimos de violência urbana e doméstica, as crianças estariam todas na escola, vestidas, alimentadas e felizes. E você que lê este texto pode acrescentar tudo que melhoraria em sua cidade se as declarações dos “ungidos” se concretizassem. Falta discernimento espiritual entre o místico “Espírito Santo” e o misticismo que são as tentativas pagãs de manipular o sobrenatural. E sabe o porquê disto? Porque é muito mais fácil declarar algo do que viver, declarar uma benção do que ser uma benção e para conferir basta olhar a parábola do bom samaritano, onde os titulados na Lei e nos afazeres de Deus ficaram de fora da lista dos que Jesus considerou como próximo da vítima da violência, mas, aquele que agiu com amor e misericórdia foi elogiado.

Por isso, a importância dos frutos, sobretudo o amor e a unidade que serve como ponte para que o mundo creia em Jesus, e não declarações ungidas triunfalistas de quem já perdeu o tino da história e a consciência de ser exemplo para uma geração que clama por palavras e atos de vida.

O fato é que nunca medimos o que fica, avaliamos pela emoção do momento, pela euforia e o que fica depois que o roldão da unção passa? Normalmente ao invés de frutos, é uma busca por outra unção ou outra moda disfarçada de espiritualidade e assim, os crentões vão indo se enganando e sendo enganados e a vida vai passando e vão perdendo o melhor que ela pode oferecer que é uma vida de amor e serviço ao próximo, salgando e iluminando não somente com palavras, mas com gestos como o estender a mão a quem precisa com o olhar de amor, fruto de um compromisso com a palavra e com o Senhor que deixou seu Espírito “unção” para que tivéssemos intrepidez e capacidade para o trabalho que Ele nos comissionou.

Pense nisto, comente e vivamos conforme a consciência que o Espírito Santo nos tem ensinado e não conforme os ensinamentos do mundo que podem estar presentes até mesmo no púlpito de sua congregação. Mas sobre este assunto falarei em outra oportunidade.

Graça e Paz!!


Claudinho

25/10/2008

A Lei da Graça aos Homens






1º - Ama a Deus com a plenitude de teu ser.


2º - Ama o teu próximo como a ti mesmo.


3º - Ama teu próximo fazendo a ele tudo aquilo que tu mesmo queres que os outros façam a ti.


4º - Jamais faças ao teu próximo aquilo que tu mesmo não queres que seja feito a ti.


5º - Sê justo com a Justiça que faz o bem e que é capaz de perdoar o erro.


6º - Sê misericordioso conforme a misericórdia que tu queres receber de Deus e dos homens.


7º - Sê grato em todas as coisas de acordo com a consciência que tens de que nada te é devido, posto que tudo que és e tens te foi dado.


8º - Sê cheio da fé que opera pelo amor e que realiza o fruto da justiça, que é paz e alegria no Espírito Santo.


9º - Perdoa sempre, e sempre serás perdoado, posto que assim confirmas com atos a fé que tens de fato acerca de que tudo Está Consumado, pois quem perdoa, também está confessando que crê na Cruz.


10º - Siga o verdadeiro amor e não te preocupes com o pecado.


Esta é a Lei da Graça conforme o ensino do Evangelho.


Fonte Blog Caminho Mesquita

22/10/2008

Uma Bula de Deus para o homem





Parece que a coisa mais difícil que existe para alguns cristãos em relação a Deus, tem a ver com o tal encontro paradoxal, e, mesmo, completamente irreconciliável, entre a Soberania de Deus e a Liberdade do Homem.


Se o homem é livre, Deus não sabe tudo. Se Deus sabe tudo, então, o homem não é livre — diz-se com a crença de que se conhece ambas as dimensões, a do finito e temporal, em contraposição ao que seja Eterno e atemporal.


Fico sempre perplexo com a disposição humana de buscar entender Deus em relação ao homem, sempre fugindo do fato que somente importa entender o homem na sua relação com Deus; e isso se tivermos Revelação, do contrário, nem isso entenderemos.


A mera existência da chamada ciência teológica é em si uma falácia, sendo que o termo “teológico” deveria ser considerado algo vinculado ao charlatanismo.


Por quê?


Porque se é de Deus que falamos, então, pela lógica, de Deus deveríamos parar de falar, sem falar que pela própria lógica se chega a tal constatação ante a natureza da revelação de Deus nas Escrituras e na Natureza criada.


Pela Escritura se chega à conclusão simples que não se pode esquadrinhar o entendimento de Deus, o que acaba com a idéia pagã da teologia que se diz o estudo de Deus.


Jesus simplesmente disse que tudo está nas mãos do Pai, ao mesmo tempo em que mandou que os homens cuidassem de tudo como se tudo dependesse de cada pessoa na Terra.


Entretanto, o COMO da Soberania de Deus ou ainda o COMO de Deus ser livre [modo, mecânica], não compete ao homem elaborar, sendo seu exercício apenas divagações tolas e insensatas pela sua própria natureza.


Ora, eu mesmo não compreendo meu próprio modo de agir, como então me arrogarei a entender o Modo de Deus ser?


Proponho aos teólogos que quando todos estiverem curados e resolvidos em tudo, que, então, dêem-se ao luxo de gastar tempo discutindo COMO Deus é.


Antes disso é bizarro!


Depois disso, todavia, não se discutiria tal assunto, pois, uma parte da cura do homem está em resolver sua síndrome de onipotência, mediante a qual se arroga a entender Deus, ou, em outras palavras, arroga-se a criar uma lógica acerca de Deus, uma teologia. Porém, uma vez que ele se enxergue, verá o suficiente para ver que nada vê.


Fico vendo aquela pulguinha dizendo grandes coisas acerca de COMO Deus é. Lá está o homem, vomitando ignorâncias e pensando que são pensamentos de Deus. Não! São pensamentos acerca de um Deus que cabe no pensar, sendo, por isto, apenas obra de artesanato de rasas idéias como matéria prima para a fabricação fictícia e pobre.


A Natureza, no entanto, nos obriga a viver com o que não se entende. Todavia, aparentemente, tais teólogos não ousam falar do Universo, da criação, embora creiam que seja mais fácil dizer COMO Deus é.


Ora, ouvi-los-ei bem melhor quando falarem tão bem quanto seja possível em profundidade falar com entendimento sobre a natureza humana, a partir de si mesmos, e, além disso, quando manifestarem compreensão acerca do que na própria criação manifesta paradoxos irreconciliáveis para a mente do próprio homem.


Sim. Somente depois de lidar com o Paradoxo Irreconciliável na Natureza é que o teólogo pode, gentilmente, falar de sua ignorância acerca de COMO Deus seja.


Mas a criatura é para o teólogo maior do que o Criador. Por isto, ele, o teólogo, arroga-se a falar de Deus, e diz que não fala do Universo e de suas entranhas já conhecidas, pois, nada entende de física ou de Astronomia, ou de genética, ou de biologia, ou de qualquer outro campo do saber. Porém, de Deus ele diz saber tudo, pois, já está dogmatizado ou sistematizado; ou, quem sabe, está em processo de desnudamento pelo saber do próprio homem que diz saber de Deus, apesar de nada saber acerca do que lhe seria mais próprio: conhecer a si mesmo e a criação.


Entretanto, assim mesmo, ele, o homem, fala de Deus, pois, supostamente, crê que Deus seja mais fácil de ser falado do que a Natureza [a criação]; sem perceber que ou ele, o homem, aprende a falar em Deus apenas porque crê Nele, ou que então deve ficar calado até que possa falar compreendendo de si mesmo e a criação, sob pena de se tornar idolatra no pensar, visto que cultua a Natureza com mais reverencia no altar do pensamento do que cultua a Deus em fé, posto que ante a natureza ele se cale, mas perante Deus ele ouse dizer COMO Deus é.


“Eu cri, por isto é que falei”, é como se pode falar que nada se sabe sobre Deus, exceto acerca do que Ele diz de Si mesmo.


A Teologia não se interessa de fato em Quem Deus diz ser, mas sim em COMO o homem precisa que Deus seja a fim de que lhe faça sentido.

Ora, primeiro o teólogo tem que saber lidar com todos os Paradoxos do Universo criado e visível. Se ele puder explicar alguns desses irreconciliáveis paradoxos visíveis e mensuráveis [ainda que com medidas quase infinitas no Macro e no Micro], então, ele, o teólogo, poderá começar a falar nos Paradoxos de Deus, mas apenas para dizer:


Se não compreendo todos os irreconciliáveis paradoxos universais, e que são criações de Deus, como poderei eu entender Deus, se, também, até hoje, não entendo a mim mesmo?


Na Natureza existo sob o signo do Absurdo para mim mesmo, pois, não consigo entender nem mesmo os paradoxos do Cosmo.


Não consigo entender as dimensões do Universo, seu AMBIENTE, seu lugar. Nada sei de seus buracos negros, buracos brancos, novas e super-novas, de suas múltiplas formas de energia, de sua energia branca, de suas fusões galácticas, de sua massa negra em expansão descontrolada... Mas, assim mesmo, aceito viver em tal total ignorância, pois, mesmo não entendendo o Universo, sei que existo. Assim, declaro que o sentido das coisas vai no máximo de mim a mim; e nada além disso.


Ora, é possível que existam também universos paralelos, pois, se de um lado o Macro-Cosmo é impensável em seus tamanhos e em sua natureza estudável e visualmente fixa de ser, de outro lado, no Micro-Cosmo, no nosso até agora conhecido ambiente da matéria, no mundo sub-atômico, encontra-se o paradoxo até agora irreconciliável entre os dois mundos, Macro e Micro, posto que se o primeiro é fixo, o segundo é completamente imprevisível, sendo feito de algo que pressupõe a possibilidade de mudanças totais em razão da natureza não-fixável das partículas quânticas, e, por tal razão, também aberto a existência de universos paralelos.


Eis o Paradoxo.


Sim! Como o que existe e que não posso negar, existe sob as bases de algo não fixo e não fixável, aberto a todas as possibilidades, e, além disso, operando aparentemente sob um principio oposto ao que rege o Macro?


Macro e Micro existem em um paradoxo irreconciliável!


Einstein fugiu do paradoxo. Não podia aceitar o fato que ele mesmo ajudara a entender, apenas porque não compreendia a síntese de tal paradoxo entre o Macro e o Micro, e acabou angustiado ante suas próprias descobertas, em razão de não ter se rendido ao fato que o próprio Universo é feito de elementos que transcendem o homem.


E o que mais não sei além de tudo?


Assim, paremos a converseira acerca de COMO Deus é, e, desse modo, cuidemos de a Ele conhecermos pela fé na Revelação Dele em Jesus, e isso sem pretensões teológicas, mas apenas relacionais.


Do contrario, se alguém falar de Deus sob os auspícios da bandeira Teo-lógica, então, que desse tal se peça que antes fale e explique a natureza paradoxal do Universo, a fim de então, humildemente, apenas dizer que nada sabe acerca da liberdade do homem e da Soberania de Deus, visto que ele, o homem, sabe que em si mesmo ainda é escravo de muita coisa [por isso nada sabendo de liberdade], e que, em relação a Deus, pela própria Revelação, sabe que Dele nada se sabe pela via do saber humano, posto que Deus tenha determinado que pela sua própria sabedoria o homem não conhecerá o Criador.


O que passa disso é charlatanismo intelectual!



Caio


1 de outubro
Brasília
DF

Fonte site Caio Fábio
http://www.caiofabio.com/