28/12/2008

Feliz Natal


Sei que já passou o Natal, pelo menos o do calendário, mas não pude deixar de postar este texto que recebi por e-mail do Djair, que sinceramente para mim demonstra o outro lado do Natal, não aquele idealizado pela cristandade, mas o Natal das Boas Novas.

De coração um Feliz Natal a todos.

Claudinho




A Revolução do Natal


Os textos chamados natalinos são todos de natureza revolucionária e marginal.


José é maior que o machismo, e aceita sua mulher, sem poder explicar para ninguém a gravidez dela (isso se alguém tivesse descoberto), mas apenas aceita o testemunho de um anjo, e, ainda pior: num sonho. José torna-se marginal.

Deflagra as chamas da revolução da dignidade.


Os magos do oriente chegam conforme a Ordem de Melquizedeque, pois, sem terem nada a ver com a genealogia de Abraão, seguem uma estrela que anda no interior deles, e, caminhando nessa simplicidade discernem aquilo que os teólogos de Jerusalém só sabiam como "estudo bíblico".


Os que tinham a Escritura (os escribas), não tinham a Revelação. E quem nada sabia da Escritura tinha sabido o necessário acerca do Verbo pela via da Revelação.


Uns sabiam o endereço: "Em Belém da Judéia…", mas não tinham a disposição de sair do lugar… amarrados que estavam à idéia de que conhecer o texto leva alguém a qualquer lugar.


Já os que perguntavam (os magos), estavam no caminho… seguiam… e são eles os que chegam onde Jesus estava. Eles dão testemunho do potencial revolucionário do Evangelho para qualquer alma da Terra. Esta é a revolução supra religiosa, conforme a Ordem de Melquizedeque.


A velha Isabel dá a luz um filho. Seu velho marido não pode nem contar a história, pois fica mudo. É a revolução dos estéreis e mudos.


O rei dos judeus não tem onde nascer! Esta é a subversão dos poderes!


Pastores distraídos são visitados por miríades de anjos—e eles representam os homens de boa vontade. É a marginalidade da Glória!


Nenhum dos sábios de Jerusalém discernem o Príncipe Eterno quando seus pais o levam ao templo para a circuncisão, mas apenas uma profetiza velha e um ancião sem significado religioso. A revelação não sabe os nomes dos sacerdotes!Ou seja: a começar da Encarnação como Natal (nascimento), o Evangelho é para aqueles que não se esperava que fossem discerni-lo.


A Revelação é quase sempre marginal!

Os grandes atos de Deus não acontecem em Palácios, mas em choupanas e estrebarias.


E a voz mais veemente do natal é a voz da virgem, da Maria simples, e que troveja a justiça de Deus sobre as nações. Ela é quem anuncia a grande subversão divina. E faz isto como um Cântico.


Dedico este texto a todos os que hoje se sentem afastados da religião, e que ainda carregam a culpa de assim estarem afastados.


Deus não é oficial.


A vida não é oficial.


O amor não é oficial.


A Graça de Deus é sempre subversão e marginalidade.


Na oficialidade são feitos os julgamentos.


Na marginalidade explode a vida.


Abra seu coração e siga o Guia, conforme os magos.


Seja generoso como José.


Corajoso como Maria.


Fértil como a estéril Isabel.


Convicto como o mudo Zacarias.


Alegre como aqueles que são acordados nos campos pela voz de anjos.


Capaz de antever a salvação como esperança mesmo que você seja velho como Simeão e idoso como Ana.


Nas narrativas do Natal nas Escrituras não são as pessoas que vão a Deus, mas Deus que vai às pessoas.


O Natal acontece como afirmação de que em Jesus, Deus se reconciliou com os homens.


Assim, não se sinta excluído, pois, eu sei, nestes dias, Deus enviará corais de vozes interiores, e nos ajudará a discernir o caminho interior da estrela, e nos fará contentes com a Graça de Hoje, e que será a esperança de amanhã, para nós e para todos os humanos.


No Natal Jesus é a alegria dos homens!


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