21/06/2008

O LEÃO, A PASTORA E O FUTEBOL


Continuando a série de comentários sobre as notíciais de Recife, posto material publicado no Blog Ação Reação, que vem reforçar a impressão minha, que não é de hoje, sobre os desvaneios da lider do DT.
Claudinho


O Leão, a pastora e o futebol

Por Riva Moutinho


O texto abaixo foi extraído do Blog Oficial da Ana Paula Valadão (http://blogdaana.wordpress.com/2008/06/12/noticias-de-recife/):

“Olá amados,

Nos últimos dias temos visto Deus agir de maneira tremenda em Recife, e por toda a parte, nos preparando para o que Ele irá fazer nos dias 4 e 5 de julho sobre aquela terra e sobre toda a nossa nação.

No fim de semana aconteceu ali o Seminário de Intercessão, e nas palavras dos guerreiros que participaram, foi um dos mais marcantes dos 36 que já passaram por esse Brasil a fora.

Ao preço de dores de parto, um enorme peso espiritual foi quebrado, houve muitas libertações de vidas e da atmosfera da cidade, e o Senhor tem revelado profeticamente a Sua glória para aquele lugar.


Enquanto o seminário acontecia, no Chevrolet Hall a cidade celebrava uma das maiores festa de S. João do Nordeste. Mas cremos que estaremos ali tomando posse do terreno do inimigo. Acreditamos que esta nação será conhecida pelas festas ao Rei Jesus! Na madrugada de domingo para segunda, depois do seminário, os noticiários publicaram a morte do fundador do “Galo da Madrugada”, o maior festival da cidade, que já chegou a reunir 3 milhões de pessoas pelas ruas do Recife. Ficamos boquiabertos. Ele faleceu de uma cirurgia no joelho.


Outro evento importante foi ver essa semana, o Sport Club do Recife se tornar o campeão do Campeonato do Brasil! Os jogadores, muitos crentes, glorificavam a Deus e até declararam na mídia que esta vitória foi o cumprimento das promessas do Senhor.


Creio que também não é coincidência ver na bandeira do Recife, um leão segurando uma cruz. Deus tem Seus planos e estratégias e não é em vão que estaremos indo ali exatamente nesta hora.”



A pastora-do-leão-de-quatro voltou... aliás, ela continua com a cabeça no leão... ou seria o leão na cabeça? Enfim, a pastora parece ter gostado da idéia de colocar na internet o seu diário pessoal. O interessante é que apenas comentários a favor são publicados. O que houve com o contraditório?


Depois de imitar, segundo ela, um leão no palco que mais parecia uma pessoa procurando sua lente de contato pelo chão, Ana Paula Valadão continua a criar coerências que apenas sua mente e a de seus fãs acham normais; as quais só posso concluir que devem agitar a alma de Freud, esteja lá onde ela estiver.
No último texto que comentei dela, tentei comentar cada parágrafo, o que não me foi possível tendo em vista tamanho disparate presente. Neste gostaria apenas de comentar dois pontos, uma vez que não há em mim nenhum apreço por tal literatura (se pudermos chamar a isto de literatura).


Depois de se vestir como uma guerreira, a pastora-do-leão-de-quatro encontrou com outros “guerreiros” e todos com “dores de parto” quebraram o peso espiritual que pairava sobre a cidade de Recife e, ainda, se preparam para entrarem no “terreno do inimigo” chamado São João. Coitado do “seu” João! Será que alguém falou com ele que há um monte de “guerreiros” querendo invadir seu território?


E como não poderíamos esquecer, de maneira alguma: Eis o leão aparecendo novamente. O futebol, um esporte profano, teve sua transformação para um “evento importante”, e isso porque o Sport (aquele time que tem o leão como mascote) venceu o Corinthians e se consagrou campeão da Copa do Brasil. Assim ela enche a bola dos jogadores do Sport dizendo que Deus havia cumprido uma promessa. Aí, fico eu pensando daqui: e os jogadores evangélicos corintianos? Não tinha promessa nenhuma para eles a não ser a do vice campeonato? Putz.


Outro fator delirante da pastora-do-leão é o último parágrafo apresentado acima: “Creio que também não é coincidência ver na bandeira do Recife, um leão segurando uma cruz.” Coincidência realmente não é, mas o que não é mesmo é a referência que nas entrelinhas ela quis insinuar ou afirmar existir pelo fato do leão segurar a cruz na bandeira da cidade do Recife. Leia com bastante atenção a maneira como o site da Prefeitura do Recife (http://www.recife.pe.gov.br/pr/simbolos.php) descreve a bandeira municipal: “Através da Lei 11.210, de 15 de dezembro de 1973, a municipalidade recifense instituiu uma bandeira para a cidade, composta de símbolos que se referem a fatos memoráveis da história do Recife. A bandeira do Recife é retangular e tem por base três colunas verticais, sendo que as laterais são em azul e a central em branco, reportando às cores da bandeira do Estado de Pernambuco, do céu brasileiro e da paz. A força e a fé, ideais almejados pelo ser humano, são representados pela frase em latim Virtus et Fides.


Símbolos de fé, força e esperança completam o visual da bandeira do Recife. São eles: a cruz, representando a colonização portuguesa, que trouxe o cristianismo para o Brasil; o leão neerlandês coroado, em amarelo, remetendo ao escudo de armas de Maurício de Nassau e ao Leão do Norte, apelido adquirido por Pernambuco pelo seu potencial histórico de lutas e, por fim, o sol e a estrela, ambos em amarelo, aludindo ao nosso astro maior e à representação da república brasileira, considerada originária das terras pernambucanas, através do movimento de 1817.”


Brincadeiras a parte, o lado mais sombrio do texto desta menina-do-leão fica por conta do comentário ridículo e descabido sobre a morte do fundador do Galo da Madrugada, o sr. Enéas Freire. Ele conseguiu transformar o Galo da Madrugada no maior bloco carnavalesco do mundo, segundo o próprio Guinness Book. Enéas morreu aos 86 anos de parada cardiorespiratória.


Repare que a pastora-do-leão-de-quatro logo após falar sobre a morte do Sr. Enéas, escreve as palavras: “outro evento importante”. Haja estômago para ler tanta baboseira vindo de uma única pessoa e que, infelizmente, adoece milhares de pessoas pelo mundo afora. Há de se ter, ao menos, o mínimo de respeito para com as pessoas, inclusive pelos familiares daqueles que se foram.

Mas Deus gravita ao redor da Sra. Valadão-filha realizando todos os caprichos e mimos que ela deseja: um Personal God criado em algum lugar de uma mente empobrecida e ensandecida pelos desvarios de uma religião.


BH 20/06/2008

Um comentário:

Edemir Antunes disse...

Claudio,
graça, paz e bem!

O Leão às vezes entra em cada uma... Sola Gratia!

Gostei muito das novidades do seu blog.

Peço-lhe perdão, pois eu ainda não havia mencionado o seu blog no meu. Eu me redimi... agora está lá.

Um forte abraço.