02/11/2009

A VERDADE QUE LIBERTA

Por Fernando C. M. Rodrigues

E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”(Jo 8:32)

Fonte imagem: Blog Sou Livre


Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” (Jo 8:36)

O primeiro efeito da verdade do Evangelho em nossas vidas – antes de qualquer outra coisa – é que ela nos liberta. Somos absolutamente livres, pois para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Sim, ele nos chamou para sermos livres (Gl 5:1), e ninguém é mais livre do que alguém contra quem não há mais nenhuma condenação (Rm 8:1).

E a verdade do Evangelho nos liberta de quê?

Primeiramente nos liberta da Lei (Rm 7:6), que criminalizava nossos pecados (Rm 3:19, 4:15; I Co 6:12), mantendo-nos sob maldição (Gl 3:10) e na iminência da condenação eterna, pois “o salário do pecado [transgressão da Lei] é a morte” (Rm 6:23). Assim, ficamos absolutamente livres do medo (I Jo 4:18).

Libertando-nos da Lei, a verdade do Evangelho nos liberta também da neurótica e ilusória busca por justiça própria (legitimada pela Lei) com o propósito de garantirmos uma vaga no céu e barganharmos favores e a salvação com Deus.

Libertando-nos da Lei e da busca por justiça própria, a verdade do Evangelho nos liberta da mente autojustificada, que domina o homem natural enquanto ele vive (Rm 7:1).

Libertando-nos da Lei, da busca por justiça própria e da mente autojustificada, a verdade do Evangelho nos liberta ainda do domínio do pecado (Rm 6:14).

E a verdade do Evangelho nos liberta para quê?

Cristo nos liberta para que sejamos livres nele. É em Cristo que somos totalmente livres, pois é no seu Espírito que há liberdade (II Co 3:17). E, estando livres no Espírito do Senhor, temos a mente do nosso libertador (I Co 2:16), pois somos habitados por ele, pelo Pai e pelo Espírito (Jo 14:23; I Co 3:16). Com eles aprendemos a discernir o que convém e edifica (I Co 10:23) e experimentamos a boa, agradável e perfeita vontade de Deus (Rm 12:2).

Quem não está em Cristo está sob o jugo da Lei Mosaica ou da “norma da lei” [critério meritório natural] na consciência (Rm 2:15) e, portanto, sob maldição e já morto em seu delitos e pecados (transgressões da Lei – Ef 2:1).

Fora da Graça de Cristo, não há ninguém livre. Quem permanece nele tem vida em abundância (Jo 10:10), e “aquele que diz que permanece nele, esse deve também andar assim como ele andou” (I Jo 2:6).

Só perceberemos o imensurável valor da Graça de Cristo se tivermos a exata noção da libertação que ela nos proporciona, mediante uma profunda convicção daquilo de que ela nos livra e salva, de maneira definitiva (Rm 8:1). Sabendo o que significa estar reconciliado com Deus, compreenderemos por que a sua Graça nos basta (II Co 12:9).

Mas, sem que morramos para a Lei (autojustificação), nada disso acontecerá (Rm 7:4; Gl 2:19). Não seremos guiados pelo Espírito (Gl 5:18) e não frutificaremos para Deus, pois não aprenderemos a discernir a vida como uma nova criatura em Cristo, que nasce e amadurece para uma nova consciência, livre, transformada, pacificada e capaz de compreender a vontade do Senhor (Ef 5:17).

Fernando C. M. Rodrigues

(Jun/2009)

Fonte: Texto enviado por e-mail.

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