Por Jefferson Ramalho
Duas semanas atrás, escrevi e postei neste blog um breve artigo intitulado “Falsos pregadores”. No dia seguinte, minha amiga Renata, de Salvador (BA), fez um brilhante comentário e em determinado momento do seu texto, mencionou a palavra preDadores, referindo-se aos pregadores que critiquei naquela reflexão. Tal menção me instigou a escrever um novo texto com o seguinte título: Pregadores ou predadores?
Os poucos amigos e leitores que têm lido meus textos, já devem ter percebido a tônica de minhas idéias a respeito da realidade eclesiástica dos nossos dias. Não vou afirmar, jamais, que igrejas neopentecostais são seitas. O termo “seita” é demais para elas. Seita, não no sentido pejorativo, mas técnico, tratando-se de uma ramificação de qualquer religião existente em qualquer ponto do planeta, não tem uma conotação ruim.
Eu diria sem nenhuma dificuldade que o neopentecostalismo é a mais recente representação do protestantismo, independentemente de seus malefícios. Eu, contraditoriamente, tive minha experiência religiosa com o cristianismo num contexto neopentecostal. Contudo, o tempo e a Graça de Deus se encarregaram de mostrar a mim que os líderes neopentecostais são, das duas uma: ou mal intencionados ou mal preparados.
O fato é que mal intencionados ou mal preparados, são muito ruins naquilo que fazem quando o assunto é cuidar de gente. Apascentar o rebanho de Cristo não é o mesmo que cuidar de uma criação de porcos. E olha que isso também exige muitos cuidados! Os caras, quando bons em alguma coisa, são excelentes em administração de negócios, economia, finanças, contabilidade. Contudo, quando o assunto é a alma humana, por se identificarem como pastores deixam muito a desejar.
São manipuladores manipulados pelo egoísmo e pelo desejo de ficarem milionários com o suor do outro. Comem, bebem, se vestem e vivem com o dinheiro daqueles que ingenuamente acreditam que conseguem barganhar com Deus. Não conhecem textos como o de Paulo aos Romanos 11.35 que diz: “Quem primeiro deu a ele para que lhe venha a ser restituído?” Com Deus não se negocia!
A alienação tem o poder de alienar e fazer com que o alienado não se reconheça como tal. A manipulação consegue manipular e fazer do manipulado um ser incapaz de perceber a sua própria condição. Enquanto isso, os preDadores comem a carne, bebem o sangue e se fartam o quanto podem, não só dos bens, mas da vida de suas presas. As pobres ovelhas perdem a lã, perdem o couro e perdem a liberdade para andar aonde quiserem e fazer o que desejarem. Os preDadores estão em todo lugar!
Se Cristo nos libertar, será que realmente nos tornamos livres? E se tal libertação acontecer num território no qual quem manda é um desses preDadores? Neste caso, teremos que melhorar o versículo e dizer: Se Cristo nos libertar, dependendo do lugar em que isso acontecer, não seremos tão livres assim. Por que?
Duas semanas atrás, escrevi e postei neste blog um breve artigo intitulado “Falsos pregadores”. No dia seguinte, minha amiga Renata, de Salvador (BA), fez um brilhante comentário e em determinado momento do seu texto, mencionou a palavra preDadores, referindo-se aos pregadores que critiquei naquela reflexão. Tal menção me instigou a escrever um novo texto com o seguinte título: Pregadores ou predadores?
Os poucos amigos e leitores que têm lido meus textos, já devem ter percebido a tônica de minhas idéias a respeito da realidade eclesiástica dos nossos dias. Não vou afirmar, jamais, que igrejas neopentecostais são seitas. O termo “seita” é demais para elas. Seita, não no sentido pejorativo, mas técnico, tratando-se de uma ramificação de qualquer religião existente em qualquer ponto do planeta, não tem uma conotação ruim.
Eu diria sem nenhuma dificuldade que o neopentecostalismo é a mais recente representação do protestantismo, independentemente de seus malefícios. Eu, contraditoriamente, tive minha experiência religiosa com o cristianismo num contexto neopentecostal. Contudo, o tempo e a Graça de Deus se encarregaram de mostrar a mim que os líderes neopentecostais são, das duas uma: ou mal intencionados ou mal preparados.
O fato é que mal intencionados ou mal preparados, são muito ruins naquilo que fazem quando o assunto é cuidar de gente. Apascentar o rebanho de Cristo não é o mesmo que cuidar de uma criação de porcos. E olha que isso também exige muitos cuidados! Os caras, quando bons em alguma coisa, são excelentes em administração de negócios, economia, finanças, contabilidade. Contudo, quando o assunto é a alma humana, por se identificarem como pastores deixam muito a desejar.
São manipuladores manipulados pelo egoísmo e pelo desejo de ficarem milionários com o suor do outro. Comem, bebem, se vestem e vivem com o dinheiro daqueles que ingenuamente acreditam que conseguem barganhar com Deus. Não conhecem textos como o de Paulo aos Romanos 11.35 que diz: “Quem primeiro deu a ele para que lhe venha a ser restituído?” Com Deus não se negocia!
A alienação tem o poder de alienar e fazer com que o alienado não se reconheça como tal. A manipulação consegue manipular e fazer do manipulado um ser incapaz de perceber a sua própria condição. Enquanto isso, os preDadores comem a carne, bebem o sangue e se fartam o quanto podem, não só dos bens, mas da vida de suas presas. As pobres ovelhas perdem a lã, perdem o couro e perdem a liberdade para andar aonde quiserem e fazer o que desejarem. Os preDadores estão em todo lugar!
Se Cristo nos libertar, será que realmente nos tornamos livres? E se tal libertação acontecer num território no qual quem manda é um desses preDadores? Neste caso, teremos que melhorar o versículo e dizer: Se Cristo nos libertar, dependendo do lugar em que isso acontecer, não seremos tão livres assim. Por que?
Porque libertação pra eles é estar debaixo de suas vozes de comando. Eles são aqueles que se identificam como cobertura espiritual e autoridades constituídas por Deus. Será que Deus constitui opressores como autoridades sobre inocentes? Se for assim, Hitler e tantos outros foram levantados por Deus?
Por falar em Hitler, os preDadores bem sucedidos, normalmente são bons de retórica. Manipulam com o olhar e convencem com o discurso. Basta uma conversa de 5 minutos para que eles consigam dar o bote. O que são eles? Pregadores do Evangelho ou preDadores de ovelhas? Qual a sua especialidade? Pregação ou preDação?
Toda quarta-feira, em duas turmas de um dos Seminários em que leciono, estamos fazendo uma releitura da História do Cristianismo. Temos sido surpreendidos com aquilo que significava ser cristão nos três primeiros séculos da Era Comum e o que isso passou a significar paulatinamente a partir do quarto século.
Pretendo, na próxima semana, transcrever um pouco dessa experiência de releitura da História da Igreja, aqui, em nossas reflexões de terça-feira. E aí, não só mais com base nas Escrituras e nas interpretações antropológicas, sociológicas, teológicas e psicológicas que temos tentado fazer, mas também na observação da História, ainda que apenas factual, veremos que os preDadores têm seus antecessores há muitos séculos. A diferença, é que com o passar das Eras, o grau de dominação das presas, ou seja, dos fiéis, vai ganhando uma proporção cada vez mais expressiva.
Para concluir, gostaria de provocar você com a seguinte afirmação: todos os recursos utilizados e divinizados por esses preDadores são focados no domínio que supostamente eles devem ter sobre seus dominados. Teologia da prosperidade (quem não der, não leva), Batalha espiritual (é preciso ter a cobertura espiritual deles para poder brigar com o capeta), Maldição hereditária (só eles podem receber a revelação de “Deus” acerca dos pecados cometidos por parentes que viveram no passado), Cura interior (eles é que são especialistas em detectar os males que conseguem afligir a alma humana). Tudo besteira!
Teologia da prosperidade, Batalha espiritual, Maldição hereditária e Cura interior, entre outras aberrações, nada disso está no Evangelho. Não passam de ferramentas utilizadas por esses caras para alcançarem seus maiores objetivos. O dinheiro dos fiéis. É isso que eles querem e é disso que eles precisam para manterem os seus patrimônios. Não preciso citar nomes. Eles estão aí. O tempo todo. Na TV, nos grandes templos, nas grandes cruzadas, nos shows, nas campanhas políticas! Estão aí! Basta identificá-los, e como nos orienta a Didaqué: tenham cuidado com essa gente*.
Abraços,
na Graça,
Jefferson
* Didaqué. C, XII. 10. ed. São Paulo: Paulus, 1989, p. 25. cf. Reflexão 53 deste blog, Didaqué (Διδαχń em grego clássico) ou Instrução dos Doze Apóstolos, é um escrito do primeiro século que trata do catecismo cristão. Didaquê significa doutrina, instrução. É constituído de dezesseis capítulos, e apesar de ser uma obra pequena, é de grande valor histórico e teológico.
Fonte Site caFé + Reflexão = Espiritualidade
3 comentários:
Primeiramente gostria de sauda-lo com boa tarde, pois saudação de fé acho que não cabe.
é com profunda tristeza que venho fazer meu comentário A RESPEITO DE sua mesnsagem.
Vc ja leu algum artigo de qualquer profissional da classe médica, ou da classe dos advogados ou outra de grandeza similar fazer comentários tão medilcres da propria classe como vc faz da sua...? olha que eles nem são recomendados pela biblia...devia orar mais para entender que a mensagem que escreveu é pra vc mesmo...vc esta cego...vc é que se propaga como o sabedor de tudo...cuidado...sua tarefa nao é questionar homens de DEUS, tão pouco expolos ao ridiculo, menos ainda ganhar apoio de ímpios contra o povo de Deus.
Uma boa dose de oração pra vc...misturado de renuncia do égo...despir-se da arrogancia...e outros fará bem a vc.
Penso que nao aprovará a publicação desta mensagem...mas até acho bom mesmo...pq se nao me envergonharia por vc.
willianduarte@hotmail.com
Olá Willian! (willianduarte@hotmail.com)
Obrigado por seu comentário neste espaço de idéias.
Minha fé em Jesus independe do que os outros acham, mas no que Ele fez por mim e por você e por isso o saúdo com a Graça e Paz de Jesus.
Quero salientar que o texto a qual você se refere tem autor e fonte (no caso Jefferson Ramalho) e quem me dera ter a sua articulação para tão bem expressar aquilo que nada mais é do que a realidade da maior parte do que intitulamos igreja evangélica neo-pentecostal e outras ramificações com os seus líderes.
Como você é pobre de argumento e não contrapõe nada do que foi escrito com fatos ou uma articulação baseada na Palavra, só posso concluir que você leu o texto e não entendeu, ou não leu para não ter que se enxergar e assim ter a chance de se libertar das amarras da religião e dos lobos que a controlam.
Se Jefferson estivesse cego escreveria bajulações aos lobos com pele-de-cordeiro, mas como não é um bajulador, fala com muita propriedade dos desvarios dessa gente e assino em baixo sua afirmação que estes pastores “...são, das duas uma: ou mal intencionados ou mal preparados.”
Arrogância meu irmão tinham os religiosos contemporâneos de Jesus, e ele os enfrentou com vida e palavra, desnudando-os de sua hipocrisia e legalismo, os convidando-os a amarrar uma pedra na pescoço e se lançar no mar antes de servir de pedra de tropeço a qualquer um dos pequenos do rebanho de Deus. E Acredito que Jesus foi taxado de arrogante e de atacar os “ungidos” pela casta religiosa de sua época.
Jefferson não questiona os homens de Deus, até mesmo porque homens de Deus não são questionados no texto, mas sim os falsos pregadores e predadores do rebanho.
Assim como o tempo e Graça de Deus mostraram a Jefferson e a mim a raalidade destes pseudo-líderes, espero que seu coração seja alcançado para o bem do você e do Evangelho.
Escreva sempre que quiser.
Um abraço!
Caro Willian,
Eu diria que vc foi e não foi coerente no que escreveu.
Foi coerente quando se recusou me saudar, pois para aqueles que estão na Graça, um "boa tarde" sincero e repleto de Graça vale muito mais que um "Graça e Paz" ou "Paz do Senhor" repleto de hipocrisia e veneno diabólico.
Por isso, confesso a vc., não sinto nenhuma falta de saudações evangélicas quando no lugar vem um mundano, mas honesto boa tarde!
Você foi incoerente ao me incluir na classe composta por aqueles que critiquei na reflexão inteira. Graças a Jesus estou livre de estar junto dessa corja de malfeitores. Eles só fazem mal às suas ovelhas, que no caso, são verdadeiras presas para saciarem a fome de suas ganâncias.
Você é mais incoerente ainda ao me insultar chamando-me de cego e arrogante. Como bem disse nosso irmão amado Cláudio Silva, você não entendeu o que leu, Wilian. Pior cego é aquele que finge não estar vendo o que esses escorpiões evangélicos têm praticado em nome de Deus, mas contra Deus.
Também foi incorente ao afirmar que estou questionando homens de Deus e os expondo ao ridículo. Entenda, amado. Eu não preciso expô-los ao ridículo. Eles próprios o fazem sozinhos. Não os questiono! Eles estão errados à luz do Evangelho e pronto. E o insulto que eles praticam à Palavra é tão impiedoso, que questioná-los é dar créditos às suas satanices. Eu simplesmente os analiso e apresento minha interpretação. Você não é obrigado a concordar comigo, especialmente se preferir continuar sendo o bobo da corte desses caras que só querem o seu dinheiro, Wilian. Quanto à sua alma, eles não estão nem aí pra ela. E eu quero sofrer as piores consequências da eternidade por isso que estou dizendo, se eu estiver enganado.
Deus, tenho certeza e fé, não está nesse negócio imundo que tenta transformar a Bíblia em um manual de riquezas, de modo que o deus que passa a ser adorado é o próprio DINHEIRO, e não mais O SENHOR.
Por fim, eu não quero apenas uma boa dose de oração. Eu quero me embebedar de oração - de chopp, só moderadamente - e quero que a MISERICÓRDIA E A GRAÇA DE JESUS, MEDIANTE SEU PRECIOSO SANGUE, me cubram todos os dias. É tudo o que preciso, hoje e sempre, principalmente por ter que pertencer a uma geração cuja mentalidade evangélica preferiu trocar o autêntico Evangelho pelas Riquezas desse mundo.
Oro por você, e acredito que um dia você conseguirá dizer a si mesmo quem era o verdadeiro cego dessa história toda.
Um abraço fraterno, cheio de Graça e de Amor de Jesus.....um amor que nos leva amar, VERDADEIRAMENTE, àqueles que nos insultam.
na Graça,
Jefferson
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